Junto do arroz e feijão, proteína fica quase imperceptível
As aulas nas escolas ligadas à Reme (Rede Municipal de Ensino) recém começaram, no entanto, o primeiro dia de ano letivo para os alunos, realizado nessa segunda-feira (15), foi marcado por problemas antigos e que chegaram a ser noticiados em rede nacional em 2015. Na Escola Isauro Bento Nogueira, localizada em Anhanduí distante 51 quilômetros de Campo Grande, os alunos tiveram de se contentar com arroz, feijão e quase nada de carne moída.
A informação foi repassada ao Jornal Midiamax nesta terça-feira (16) por meio de pais de alunos que receberam as reclamações dos filhos.
“Meu filho reclamou que comeu só arroz e feijão, mas não é só ele que falou isso. A comunidade toda está comentando sobre a falta de alimento. Todos estão revoltados”, declara a mãe de um dos alunos, que preferiu não se identificar.
Conforme relatos, a escola atende aproximadamente 500 crianças matriculadas desde a educação infantil ao nono ano. Muitas delas moram na zona rural do município.
“A realidade é que o colégio atende muitos alunos carentes, os pais não têm condições e contam que na escola os filhos estarão bem alimentados”, relata.
O diretor da escola, Osvaldo Alves Pinto, negou à equipe de reportagem do Jornal Midiamax, que o cardápio esteja deficiente e enfatizou que além do arroz e feijão mencionados pelos alunos, a merenda servida no primeiro dia de aula, contou com carne moída. “Tinha arroz e feijão e carne moída. Estava muito gostoso, até eu comi”, frisa.
Na foto enviada por um leito do Jornal Midiamax, é possível ver resquícios de carne moída. Ao ser questionado sobre a quantidade de proteína na merenda escolar, o diretor garantiu que foi servido o ‘suficiente’.
“Foi suficiente, eu comi, estava muito bom. Não está faltando nada, além das verduras que devem chegar entre hoje ou amanhã”, justifica. Procurada para falar a respeito do assunto, a assessoria de comunicação da Prefeitura da Capital disse que a informação sobre falta de alimentos “não procede e que a merenda está normal”.