‘Ato violento’, classifica empresa sobre intervenção no aeroporto de Bonito

Gestora emitiu nota nesta tarde

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Gestora emitiu nota nesta tarde

Em nota de esclarecimento divulgada pela Dix Empreendimentos, concessionária classifica a intervenção feita no Aeroporto de Bonito um ‘ato violento e desrespeitoso’. A controladora do aeroporto informou que o “assunto referente à necessidade de recuperação da pista de pouso vinha sendo tratado com representantes governamentais de forma cordial e pacífica”.

Segundo a Dix, teria sido comprovado, por meio de documentos e parecer técnico, que as obras de recuperação da pista seriam de responsabilidade do Governo do Estado, pois os problemas ocorridos na pista são consequência de problemas de construção.

A concessionária alega que, ao assumir a gestão do aeroporto, a pista já apresentava rachaduras. Em reunião realizada em 2007 com representantes do Governo do Estado, antes do  início do contrato, os defeitos já haviam sido mencionados.

Ainda de acordo com a nota, há registro em ata da reunião realizada de que a Seinfra (Secretaria de Infraestrutura) teria assumido o compromisso de realizar as obras necessárias para a reparação da pista em 90 dias, porém nenhuma providência teria sido tomada

 

A Dix Empreendimentos alega que “ a intervenção decretada foi um artifício que tem como objetivo desobrigar o Governo do Estado das suas responsabilidades pelo fato da pista de pouso não ter sido reparada. Esse ato deixa-nos ainda mais surpresos por ter sido realizado contra uma empresa que até o momento só benefícios trouxe para o Estado do Mato Grosso do Sul sem nunca ter recebido um centavo sequer dos poderes públicos”.

 

De acordo com as informações divulgadas na nota, em 2007, a DIX afirma ter investido R$ 2 milhões na construção de um dos mais modernos terminais de passageiros da aviação regional do País. Segundo a concessionária esses investimentos não só foram decisivos para o incremento significativo do turismo na região, mas também foi responsável por atrair novos empreendimentos, como um Posto de Abastecimento de Aeronaves e um moderno Hangar da BR Aviation, além de lojas de comércio e serviços.

 

A Dix afirma que após 9 anos, ainda não obteve nenhum retorno financeiro dos investimentos realizados, alegando que a operação do aeroporto em nenhum momento deixou de ser deficitária. A empresa sustenta que a razão disso está no fato de que, no edital de referência de licitação para a obra do terminal, estava previsto um fluxo de 130 mil passageiros/ano, enquanto que, ao longo de 7 anos de operação, esse número nunca ultrapassou os 2,5 mil passageiros anuais.

 

Segundo a Dix, o baixo número de passageiros gerou muitos prejuízos acumulados ao longo dos anos e diz que, não obstante, o Governo do Estado nunca se sensibilizou no sentido de encontrar uma solução que possibilitasse o reequilíbrio financeiro do contrato de concessão.

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