Após invasão e depredação de materiais, UBSF recebe novas doses de vacinas

Unidade foi alvo de vândalos no domingo

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Unidade foi alvo de vândalos no domingo

Após a UBSF (Unidade Básica de Saúde da Família) do Bairro Serradinho em Campo Grande ser invadida por vândalos, a gerência do local suspendeu o atendimento até novas doses encaminhadas pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) chegarem. O atendimento foi suspenso até as 8h40 desta terça-feira (14) e no período, somente três pessoas tiveram que esperar.

A unidade foi arrombada no início da noite deste domingo (12) e o local foi revirado. Segundo o boletim de ocorrência, três pessoas entraram pela janela do prédio, quebraram frascos de vacinas, manipularam seringas usadas e deixaram a geladeira onde são armazenadas as vacinas com a porta aberta. Os autores também jogaram tinta nos teclados de computadores e em mesas e riscaram documentos com pincel atômico.Após invasão e depredação de materiais, UBSF recebe novas doses de vacinas

De acordo com a gerência na UBS, são vacinas de rotina que foram destruídas, e não há vacinas da gripe entre elas. As vacinas que estavam no local não foram descartadas, mas como os vândalos manusearam e tem que ter a temperatura controlada, as doses serão encaminhadas à Secretaria de Saúde para fazer testes.

Segundo o Secretário Municipal de Saúde Pública, Ivandro Fonseca, a invasão foi orquestrada por um grupo que, segundo ele, tenta prejudicar sua gestão. A prefeitura informou que irá aumentar o efetivo da Guarda Municipal nos postos e unidades públicas.  

Sumiço

Denúncias de ‘sumiço’ de cerca de 30 mil doses de vacina contra a H1N1 levaram à criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Câmara da Capital. 

Os vereadores afirmam que pretendem investigar o sumiço de 32.381 doses de vacina da Sesau, de um total de 195 mil doses encaminhadas pelo Ministério da Saúde a Campo Grande. Já a Prefeitura fala em ‘desaparecimento’ de cerca de três mil doses, valor bem abaixo do suscitado pelos parlamentares. 

“Nosso objetivo é descobrir quantas vacinas desapareceram, se alguém foi vacinado com elas e apurar os responsáveis. Se conseguirmos reaver essas vacinas, caso tenham sido desviadas para outro lugar, melhor ainda. Para isso vamos ouvir representantes do Instituto Butantan, do Ministério da Saúde, da Secretaria Estadual de Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde e demais autoridades competentes. Também vamos abrir uma linha direta com a população para recebermos essas denúncias”, ponderou o proponente da comissão, vereador Alex do PT.