Eles não receberam por estender o prazo combinado

 Dez caminhoneiros estão parados dentro do pátio da unidade da JBS, que fica às margens da em , há pelo menos nove dias. O grupo protesta contra a falta de pagamento de estadia por parte da empresa transportadora que os contratou – terceirizada pela indústria – para levar cargas de milho até o local.

Segundo o site Dourados News, os caminhoneiros teriam chegado no dia 22 de março para descarregar os veículos no dia seguinte. No entanto, o elevador da empresa JBS – sem o qual não é possível retirar as cargas dos caminhões -, teria estragado e impedido a realização do trabalho. A indústria solucionou o problema no dia 23 de março.

No entanto, os caminhoneiros pedem o pagamento quanto à estadia no local, visto que precisaram estender o prazo combinado para entrega do frete. A situação contraria os direitos previstos na Lei nº 11.422/7, que responsabiliza a empresa de transporte rodoviário pelos prejuízos resultantes de perda e danos das cargas sob sua custódia, assim como pelos decorrentes do atraso da entrega.

Mesmo a carga sendo da JBS, a indústria terceirizou o serviço de transporte para essas cargas a duas empresas responsáveis pelo grupo de caminhoneiros. A empresa Transvidal, responsável pelo contrato com quatro caminhoneiros, entrou em acordo sobre o valor a ser pago, que foi aceito pelos motoristas que descarregaram a carga e saíram do local.

Os 10 caminhoneiros restantes teriam sido contratados pela Rodomax, que se recusou a fazer o pagamento. Por isso, os motoristas continuam no local e ameaçam fazer uma campanha pelas redes sociais, para chamar a atenção às suas reivindicações. De acordo com a ACTBras (Associação Comercial dos Transportadores Terrestres de Cargas do Brasil), a Rodomax entrou na justiça e foi expedida uma liminar obrigando os caminhoneiros a fazer o descarregamento.