Pular para o conteúdo
Cotidiano

Taxistas defendem mais alvarás para combater ‘cartel dos 10 chefões’

Para a Assotaxi 10 empresários exploram motoristas
Arquivo -
Compartilhar

Para a Assotaxi 10 empresários exploram motoristas

A Associação dos Taxistas Auxiliares (Assotaxi), que atualmente representa 800 profissionais em Campo Grande, garante que a concessão de novos alvarás vai ajudar a combater os cartéis existentes na Capital.

Em contagem rápida, Ezequiel Pero de Moura, vice-presidente da Assotaxi, aponta cerca de 10 “chefões” atuando na cidade e explica que a concessão dos novos alvarás deve beneficiar os auxiliares que trabalham há mais tempo como taxistas. “O primeiro critério para conseguir o alvará é o tempo de serviço, e tem gente aqui que já trabalha há mais de 30 anos e até hoje não conseguiu. Enquanto isso os frotistas vão enriquecendo à custa do nosso trabalho”, destaca o auxiliar.

Os auxiliares ainda afirmam que os piores veículos que circulam hoje, são dos frotistas. O presidente da Associação dos Taxistas, Bernardo Quartin Barrios, não quis comentar sobre o assunto e alegou que não tinha conhecimento da reunião entre os auxiliares, a vereadora Luiza Ribeiro (PPS) e a diretora-presidente da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) Beth Felix, para discutir a concessão de 400 novos alvarás.

A associação diz que o número é necessário para chegar perto do “ideal” para uma cidade com o porte de Campo Grande.  Atualmente a cidade tem 490 alvarás ativo, ou seja, se o pedido dos auxiliares for atendido, a frota quase que dobraria. Porém a vereadora Luiza Ribeiro (PPS), que está intermediando as negociações entre os auxiliares e o legislativo, já sinaliza que isso não deve acontecer. “A gente está pedindo 400 vagas, mas a gente já sabe que não vai ser”, destaca.

De acordo com a vereadora, a Agetran precisava enviar uma legislação, apontando o número de alvarás que a Prefeitura acha que seria o ideal, mas que até o momento não recebeu o documento. “A diretora-presidente disse que enviou na quinta-feira passada, mas até agora nós não tivemos acesso a isso, pode ser algum problema de burocracia, mas o fato é que provavelmente não vamos conseguir alcançar o número desejado”, disse.

Beth por sua vez, reforçou que não é função da Agetran discutir ou legislar os projetos. “Nós somos um órgão executivo, portanto, temos o dever de executar as leis. A discussão e legislação do projeto é obrigação da Câmara, então cabe a eles discutirem isso. Se a lei for aprovada, ótimo, nós vamos fazer com que ela seja executada”, frisa a diretora-presidente.

Espaço para todos

Luiza ainda disse que um levantamento, feito pela Assotaxi, mostra que Campo Grande tem um táxi para cada 1.800 pessoas, quando o ideal é 1.000/1. “Nós queríamos que a frota aumentasse em pelo menos 40% do que temos hoje”, diz a vereadora.

O auxiliar de táxi Osvaldo Souza, que trabalha há 25 anos na área, faz uma comparação entre Campo Grande e Porto Alegre, destacando que a cidade tem o dobro da frota considerada ideal e não vive num cenário de escassez de passageiros. “Nós temos Porto Alegre com 500 habitantes para cada táxi e eles vivem muito bem. Todo mundo trabalha e a população é bem atendida”, conclui.

Dificuldades

Ezequiel explica que os auxiliares trabalham de três formas, pela porcentagem de 30%, pelo quilômetro rodado, ou pela diária táxi. “Você trabalha na porcentagem de 30%, no quilômetro rodado, que fica entre R$ 0,90 e R$ 1,00 e na diária que fica entre R$ 160 e R$ 210. Mas a porcentagem hoje é raríssima, eles querem mesmo é o quilômetro rodado”, destaca.

Nesse sentido, José Paulo de Macedo, explica que acaba perdendo passageiros, e até sendo mal compreendido pela sociedade ao ter que recusar uma corrida. “Muitas vezes a gente pergunta se o passageiro vai longe, porque não compensa a gente andar 10 quilômetros até o passageiro para ele andar 2 no táxi”, comenta o auxiliar há mais de 20 anos.

 

 

 

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Durante chuva forte em Campo Grande, asfalto cede e abre ‘cratera’ na Avenida Mato Grosso

Bebê que teve 90% do corpo queimado após chapa de bife explodir morre na Santa Casa

Com alerta em todo o Estado, chuva forte atinge Campo Grande e deixa ruas alagadas

Tatuador que ficou cego após ser atingido por soda cáustica é preso por violência doméstica

Notícias mais lidas agora

Menino de 4 anos morre após tomar remédio controlado do pai em Campo Grande

Pedágios

Pedágio em rodovias da região leste de MS fica 4,83% mais caro a partir do dia 11 de fevereiro

Vítimas temem suposta pressão para abafar denúncias contra ‘fotógrafo de ricos’ em Campo Grande

Morto por engano: Trabalhador de usina foi executado a tiros no lugar do filho em MS

Últimas Notícias

Política

‘CPI do Consórcio Guaicurus’ chega a 10 assinaturas e já pode tramitar na Câmara

Presidente da Câmara, Papy (PSDB) não assinou pedido da CPI após defender mais dinheiro público para empresas de ônibus em Campo Grande

Cotidiano

Decisão de Trump de taxar aço pode afetar exportação de US$ 123 milhões de MS

Só em 2024, Mato Grosso do Sul exportou 123 milhões de dólares em ferro fundido para os EUA

Transparência

MPMS autoriza que ação contra ex-PGJ por atuação em concurso vá ao STJ

Ação pode anular etapa de concurso por participação inconstitucional de Magno

Política

Catan nega preconceito após Kemp pedir respeito à professora trans

Fantasia de ‘Barbie’ da professora não foi considerada exagerada por outros deputados