Sindicato nega ‘corpo mole’ e Solurb diz que coleta volta ao normal em 12 dias

Até o momento 1,8 mil toneladas de resíduos foram coletados

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Até o momento 1,8 mil toneladas de resíduos foram coletados

A coleta de lixo em Campo Grande só voltará ao ritmo normal por volta de 3 de outubro, segundo informou a CG Solurb por meio de nota oficial. A empresa esclareceu que todo o efetivo da empresa está nas ruas da cidade, bem como os equipamentos, para que o trabalho seja normalizado o mais rápido possível.

Enquanto isso, outra solicitação de agendamento emergencial para tratar do cronograma de pagamento das faturas em atraso foi protocolada no Executivo. “Até o momento sem resposta”, diz a nota.

Após 11 dias paralisado, o serviço foi retomado na última sexta-feira (19), depois que a Prefeitura depositou R$ 1,5 milhão para remuneração dos trabalhadores que estavam sem receber remuneração referente ao mês de agosto. Até o momento 1,8 mil toneladas de lixo.

A estimativa é de que no dia 3 de outubro a coleta esteja totalmente regular nos bairros, mas, “ressalta-se que, durante a paralisação, foram acumulados aproximadamente sete mil e duzentas toneladas de lixo nas ruas, dos quais somente 970 toneladas foram coletadas durante a força tarefa realizada pela Prefeitura Municipal de Campo Grande, em todo o período”, assegura a nota.

“A coleta de lixo está sendo realizada nas frequências já previamente estabelecidas, porém, a CG Solurb lembra que a cada dia são gerados mais 800 toneladas de lixo na Capital e, portanto, somente a partir do dia 3 de outubro de 2015, a coleta diária deverá ser regularizada”.

A empresa afirma ter R$ 23 milhões a receber da Prefeitura e, em recurso ao TJ (Tribunal de Justiça), ainda não julgado, aponta uma inadimplência provocada com a intenção de romper a concessão, assinada em no fim de 2012. Por conta do impasse, hoje pela manhã, o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), sinalizou intenção de romper contrato com a coletora.

“A Solurb tem demonstrado que cumpre suas ordens judiciais pela metade. Desobedecem, descumprem o contrato, dando motivos para a gente fazer um destrato, uma intervenção. Estou chamando a equipe jurídica porque precisamos analisar qual vai ser a definição. É preciso acabar de uma vez por todas com o problema”, disse durante coletiva.

Diálogo – O presidente do TRT (Tribunal Regional do Trabalho), desembargador João Batista de Matos, chamou o presidente do STACMS (Sindicato dos Trabalhadores em Asseio e Conservação de Mato Grosso do Sul), Wilson da Costa, para ficar a par da situação da empresa. “Hoje todos os funcionários estão pagos e trabalhando, não há irregularidade ou corpo mole no serviço, essa demora em coletar tudo é porque a cada um dia sem recolher o lixo, são dois para recurperar”, explicou Costa.

Conteúdos relacionados