Sindicalista acusa Prefeitura de ‘omissão’ sobre epidemia da dengue

“São inverdades as acusações feitas”, fala a diretora de saúde

Com a decretação de estado de alerta pelo prefeito da cidade, Alcides Bernal (PP), no dia 22 de dezembro por causa do surto de dengue em Campo Grande, com mais de 10 mil notificações da doença, e com três mortes na Capital, o presidente do Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais de Campo Grande), Marcos Tabosa, acusa a Prefeitura de ‘omissão’ no combate ao mosquito.

“Fomos até a Rosimeire (diretora de assistência à saúde) e entregamos uma proposta de utilizar os agentes comunitários de saúde, que são 1500, no combate a endemia, e ela só respondeu que ia estudar a proposta”, explica Tabosa.

Campo Grande tem 1500 agentes comunitários de saúde, que por mês visitam aproximadamente 120 residências. Já os agentes de combate a endemias, são 209 e os agentes de saúde pública, 443, segundo o presidente do Sisem.

E apenas, os agentes de combate a endemias podem fazer o serviço de PNCD (Programa Nacional de Combate a Endemias), que segundo Tabosa não tem a mesma constância de visitação a uma residência como o agente comunitário de saúde, que todo mês faz o acompanhamento, contra a constância de visitação que fica a cada três meses do agente de combate a endemias.

“Se tivessem colocado os agentes desde setembro nas ruas, não teríamos este surto, e sim alguns casos esporádicos”, fala Marcos Tabosa.

A diretora de assistência à saúde da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), Rosimeire Arias, foi procurada pelo Jornal Midiamax e afirmou que são inverdades as acusações feitas pelo presidente do Sisem, “O problema dele (Tabosa) é pessoal comigo. Ele está contra esta gestão e contra mim”, rebateu Rosimeire.

Rosimeire ainda afirmou que qualquer denúncia que o presidente do Sisem fizer tem que ser por escrito, “Só falo com o Tabosa por escrito”, diz e ainda finaliza, “ Não vou discutir com uma pessoa como ele”.

Dengue

De acordo com dados da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), de janeiro até o dia 21 de dezembro foram 10.403 notificações de dengue, sendo 4.013 casos confirmados, três mortes. Já em relação a Chikungunya, foram 119 notificações, com dois casos confirmados.

Quanto ao Zika vírus, o levantamento aponta 209 casos investigados com suspeita da doença, e nenhum caso confirmado.