Sem-terra ameaçam ocupar 20 fazendas em MS caso não sejam atendidos

Movimento pede novo superintendente para o Incra  

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Movimento pede novo superintendente para o Incra
 

O grupo de manifestantes sem-terra que estão ocupando a sede do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) desde a manhã desta segunda-feira (24) ameaça ocupar cerca de 20 propriedades rurais, de grande porte, em todo o Estado, caso suas revindicações não sejam atendidas.

Os manifestantes cobram a nomeação de um superintendente novo ao Incra e são expressamente contra a nomeação do interino, o cadastramento dos sem-terra na base e as 20 vistorias acordadas com a direção nacional do Incra.

Conforme um dos líderes do movimento inter-sindical, da central da classe trabalhadora, Rodrigo Karrapixo, cerca de 100 famílias, de diversos movimentos do Estado, como OLP (Organização de Luta pela Terra), Ligas Camponesas e Movimento Lutas, estão acampadas na sede do Incra neste momento. Rodrigo destacou que não há data definida para o fim da ocupação e que o Instituto deve ter as atividades canceladas durante o protesto.

O critério para a possível ocupação será de propriedades improdutivas ou abandonadas, assim como fazendas ligadas ao agronegócio. Rodrigo deixou a entender que o grupo JBS está na lista das possíveis ocupações.

Na manhã desta segunda-feira, após reunião entre o superintendente interino do Incra, Sidnei Ferreira de Almeida e os manifestantes, o representante do Instituto afirmou que foi surpreendido pela ocupação do prédio e que o grupo pertence a um novo movimento. Ainda segundo Sidinei, durante a reunião foram dadas “orientações sobre o que é possível de ser feito”, com a força de trabalho de 30%, já que os servidores do órgão estão em greve.

Segundo um dos líderes do movimento, que se identificou como Karrapixo, na reunião, o superintendente do Incra “tentou desmobilizar os manifestantes”. Ele ressaltou que o movimento é pacífico e que todas as salas foram fechadas para evitar acusações de sumiço de objetos do órgão.

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