Trabalhadores estão na sede da Seintrha, em

Cerca de 500 trabalhadores contratados pela Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação), por meio do Proinc (Programa de Inclusão Profissional), paralisaram as atividades nesta terça-feira (11), em Campo Grande. Eles dizem não ter recebido  o salário de julho.

Os trabalhadores são responsáveis pela conservação das ruas, fazendo serviços como a varrição e capinado em áreas públicas. Segundo eles, a remuneração de R$ 788, ainda não foi paga, porém, o ‘sacolão' que eles recebem todos os meses já foi entregue.

Os servidores dizem não saber o motivo do não pagamento do salário, uma vez que a verba para o pagamento é federal. Eles já procuraram o encarregado, que disse não saber o motivo e que iria contatar a Prefeitura de Campo Grande.

De acordo com Carlos Henrique Lucena, de 48 anos, que está no serviço há quatro anos, eles recebem entre os dias 1º e 5 de cada mês, mas até agora, não tiveram explicações sobre a falta de pagamento. “O dinheiro vem de Brasília. Não tem motivo para não pagarem a gente”, diz.

Edson Roberto Carrucho, de 60 anos, que trabalha há 15 anos, diz que da outra vez que o salário atrasou – em março deste ano -, eles conversaram com o titular da Seintrha, Valtemir de Brito, que prometeu que não haveria mais atrasos. “Ele não cumpriu com a palavra dele. Queremos que ele fale o que esta acontecendo e atual a desculpa agora”.

Antônio Isidoro, que está há quatro anos no serviço, diz que vai ter prejuízo por conta do atraso no pagamento.” Pagamos, as nossas contas ficam todas atrasadas com multas e juros”, lamenta.

Outro lado

O diretor financeiro da Seinthra, Kleber de Oliveira, confirmou que os repasse para o pagamento do salário – que é considerado um benefício, uma vez que os trabalhadores fazem parte de um programa – é do governo federal. Ele afirmou que por conta da crise da Prefeitura e problemas com repasses não foi possível realizar o pagamento.

Oliveira disse que o pagamento é feito pela SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social), por meio da Seplanfic (Secretaria Municipal de Planejamento, Finanças e Controle). O diretor financeiro garantiu que até quinta-feira (13) o problema deve ser solucionado e que os serviços não serão prejudicados.

Os trabalhadores foram comunicados, mas não concordaram e disseram que não vão voltar ao trabalho enquanto não receberem.