Sem acordo, greve dos bancários chega a 14 dias e clientes sofrem

Falta de envelope para depósito é um dos problemas

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Falta de envelope para depósito é um dos problemas

A greve dos bancários completa 14 dias nesta segunda-feira (19). Sem indicação para um acordo, não há previsão de retorno e a população sofre com a falta de alguns serviços, como envelope para depósito e folha de cheque.

De acordo com a secretária de Imprensa do Sindicato dos Bancários de Campo Grande e Região, Leila Cristina de Oliveira, 97% das agências estão fechadas. “Ainda não temos uma posição. Nos chamaram para conversar e ofereceram 5,5%. Isso é metade da inflação. Nós pedimos 16% para repor essa perda. Então, não há ainda uma previsão de quando acabará a greve”, explicou ela.

A equipe de reportagem do Jornal Midiamax constatou as dificuldades que os campo-grandenses estão passando com a greve dos bancos, que começou no dia 6 de outubro. Em uma das agências da Capital, que fica na Rua 13 de maio, não havia envelopes para depósito.

“Está complicado porque estamos sem envelope. Desde a semana passada não estou encontrado envelope e eu preciso depositar. Não sei mais o que eu faço”, afirmou a cabeleireira Elida Colacho, de 43 anos.

A autônoma Laura Cristina, de 33 anos, também está encontrando problemas. “Eu quero retirar folhas de cheque e não tem. Não consegui até agora”, enfatizou.

“Toda greve traz problemas para a população. Campo Grande está uma vergonha. O serviço bancário é primordial. Tem gente que mal tem passe para vir a agência e quando chega aqui não tem serviço. Eu fiz depósito e não sei se vai cair na conta”, observou a cabeleireira Elza de Souza, de 49 anos.

Priscila Alves Garcia, de 27 anos, conseguiu há poucos dias emprego em um supermercado da Capital, mas até o momento não conseguiu abrir conta. “Eu liguei para o banco, e me disseram que uma agência estava funcionando. Vim aqui e nada. Eu preciso muito abrir essa conta, enquanto não abrir não começo a trabalhar. Vou continuar caçando uma agência que esteja funcionando”, disse ela.

O autônomo Henrique Bastos, de 22 anos, está preocupada com um cheque. “Ele foi compensado. Eu tenho dinheiro na conta, mas ele voltou como se não houvesse dinheiro. Eu vou voltar mais tarde para tentar falar com o gerente, e ver o que dá para eu fazer”, ressaltou.

Segundo a secretaria de Imprensa do Sindicato, o serviço de abastecimento dos caixas e de envelopes na maioria dos bancos é terceirizado. “Mesmo os bancos que não são terceirizados, há funcionários nos bancos fazendo esse serviço. Eles orientam a população e validam os envelopes. A população não está ficando na mão”.

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