Prefeitura prevê epidemia em 2016 e perigo triplicado com ‘irmãs’ da dengue

Chikungunya e zika também serão alvos de campanha

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Chikungunya e zika também serão alvos de campanha

A Prefeitura de Campo Grande prevê uma possível epidemia de dengue no próximo ano. Além da doença que já assolou a Capital em uma epidemia em 2013, dessa vez, a preocupação é também com as doenças ‘irmãs’ da dengue, a chikungunya e a zika, ambas transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Para tentar conter as doenças, o prefeito Alcides Bernal e o secretário municipal de saúde Ivandro Fonseca lançaram na manhã desta quinta-feira (5), o plano de combate à dengue. 

De acordo com o secretário de saúde, com as mudanças no Executivo, a Prefeitura ainda não tem um levantamento completo da infestação do mosquito da dengue em Campo Grande. Os números ainda estão sendo contabilizados, mas a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) revela que a maior preocupação é com as residências, onde está o maior índice de infestação. 

A Sesau ainda prevê o trabalho em conjunto com a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) para fiscalização e multa dos proprietários que deixarem os terrenos sujos ou impedirem a entrada do agente de saúde. 

Conforme o secretário, haverá a possibilidade até de desapropriação da área que estiver com foco de dengue e o proprietário não fizer a limpeza. O Exército também vai ajudar no combate à dengue. Sobre os terrenos públicos que estão vazios e podem se tornar criadouro de mosquito da dengue, o secretário disse que esses locais são um problema de mais de 10 anos e que não tem como resolver em um ano.

“Temos de incluir esse detalhe como uma das ações de planejamento, que são de curto, médio e longo prazo. Mas não temos condições de resolver esses questões sem as parcerias”, disse. Conforme Ivandro, os terrenos e obras públicas são de atribuição da Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação) e que as obras de iniciativa privada serão vistoriadas e notificadas. “Deixaremos os proprietários cientes de suas responsabilidades e atribuições”.

Ainda na memória dos campo-grandenses, o secretário relembrou os números da epidemia de 2013, quando houve 48 mil casos em todo o Estado e que foi necessário estender o horário de atendimento dos postos de saúde. Fonseca ainda disse que o problema da coleta de lixo na Capital foi um dos fatores que pode ter causado aumento nos números.

“É preciso a conscientização da população. Infelizmente, a população não entende a importância e o quanto isso é preocupante. A Ouvidoria vai receber denúncia sobre moradores que se neguem a receber a visitar do agente de saúde”.

De acordo com o último Lira (Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes Aegypti, do de outubro deste ano, em Campo Grande, o índice de infestação ficou em: residências 86,2%, comércio 6%, terreno baldio 4,3%, e outros 3,4%. De janeiro a outubro deste ano, foram 6135 notificações e 2679 casos confirmados de dengue. Ocorreram quatro casos de dengue grave e duas mortes. 

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