Município propõe dividir repasse com o Estado 

Diante da ameaça de ter um dos setores da Santa Casa de Misericórdia fechado por falta de recursos, a Prefeitura de pressiona o Estado para dividir a prorrogação do repasse adicional no valor de R$ 3 milhões. A proposta encaminhada nesta quinta-feira (9), pelo município é de que a despesa seja dividida igualmente com o Estado.

Conforme matéria publicada no site da Prefeitura, o município se compromete a fazer um repasse de R$ 1,5 milhão, propondo que o Estado arque com o restante do custeio, no entanto, durante reunião realizada nessa quarta-feira (8), no auditório da Santa Casa, o secretário adjunto da SES (Secretaria de Estado de Saúde), Lívio Viana de Oliveira Leite, declarou que o Estado só contribuirá com o custeio mediante a consultoria.

O presidente da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), Wilson Teslenco, diz que ainda não teve acesso à proposta encaminhada pela Prefeitura, mas afirma que a proposta deveria ter sido encaminhada antes do fim do contrato, encerrado na última terça-feira (7). “Se essa era a condição que dissessem antes. A Santa Casa trabalha de portas abertas e está a disposição para qualquer consultoria ou auditoria”, declara.

Teslenco observa ainda que além da prorrogação do contrato no valor de R$ 3 milhões, a promessa do município era de que após os quatro meses houvesse o incremento de R$ 1 milhão que seria destinado ao setor de alta complexidade, que atualmente conta com o teto de R$ 2,4 milhões, acumulando deficit mensal de R$ 1 milhão.

“A proposta que temos conhecimento é de que não se fala do R$ 1 milhão a mais e sim apenas dos R$ 3 milhões e, além disso, desse valor a prefeitura está propondo apenas R$ 1,5 milhão. Nosso contrato é com o município, o Estado pode repassar valores, mas quem busca a participação é a Prefeitura. Para assinarmos um contrato com valor reduzido, teremos de reduzir os serviços”, enfatiza.

O presidente da ABCG garante que fará reunião para analisar a proposta da Prefeitura e que ainda hoje pretende encaminhar uma resposta ao município. “Queremos que as pessoas entendam que isso não se trata de uma nova crise, é o mesmo problema que não foi resolvido.Faremos uma avaliação e daremos a resposta, mas já sabemos que com R$ 1,5 milhão não dá para trabalhar”,  pontua.

A equipe de reportagem do Jornal Midiamax tentou falar por telefone com o chefe da SES (Secretaria de Estado de Saúde), Nelson Tavares, no entanto, até o fechamento deste texto ele não atendeu e não retornou às ligações.