Cerca de seis mil servidores estão sem o benefício

A Prefeitura de notificou extrajudicialmente o Sisem (Sindicato dos Servidores e Funcionários Municipais de Campo Grande) para explicar que o vale-alimentação dos trabalhadores foi suspenso porque o Executivo quer pagá-lo diretamente e pediu cinco dias para elaborar defesa sobre o fato de ter suspendido o convênio que fornecia o benefício. Até então os valores eram passados ao sindicato que, por sua vez, repassava aos funcionários.

Segundo publicação no Diário Oficial deste segunda-feira (28), a nota é “acerca da suspensão do Convênio n. 04, de 26 de maio de 2014, em razão da possibilidade do Município pagar diretamente o vale alimentação para os servidores, para, querendo, no prazo de 5 (cinco) dias a partir da publicação desta notificação, produzir defesa quanto à suspensão do referido Convênio”.

O secretário Municipal de Administração, Ricardo Ballock, assinou a notificação enviada ao presidente do Sisem, Marcos Tabosa. Hoje pela manhã, servidores da área administrativa das escolas municipais e agentes comunitários de saúde, de combate a endemias e de saúde pública, protestaram em frente a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), devido ao não pagamento do Bolsa Alimentação.

Para sanar o manifesto, a Prefeitura informou que até o final da trade resolveria o problema. Tabosa explicou que cerca de seis mil servidores estão sem receber o benefício, entre eles, agentes comunitários de saúde e de combate a endemia, que recebem vale-alimentação no valor de R$ 160,00 cada um; agentes de saúde pública R$ 140,00; técnicos de enfermagem R$ 140,00; guardas civis municipal R$ 150,00 e administrativos da Educação R$ 190,00. A dívida é de R$ 897 mil, deste total R$ 381 mil apenas para os agentes. A paralisação foi aderida por 70% das categorias.

Conforme votação em assembleia feita durante a manifestação de hoje, os agentes de saúde ficarão aquartelados. Caso o pagamento seja realizado até o fim da tarde, ambas as categorias, retornam ao trabalho nesta terça-feira (29). Tabosa informou ainda que caso não haja um acordo, encaminhará um ofício ao TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) solicitando que a Prefeitura seja chamada para realizar uma conciliação a fim de regularizar a situação da Bolsa Alimentação.