Estimativa dos organizadores era que cerca de 3 mil pessoas estivessem no final

A Sexta-Feira Santa em Campo Grande foi marcada com muitas homenagens a Jesus Cristo. Logo após a tradicional Missa da Sexta-Feira Santa, a procissão do teatro/encenação da Paixão de Cristo na Capital foi acompanhada por muitos fiéis da Igreja Católica.

Do ponto de partida, na Comunidade São Pedro, São Paulo – no Bairro Moreninhas 3, a procissão percorreu cerca de 3 quilômetros até a Paróquia Nossa Senhora Aparecida, que fica no Bairro Nova Capital. Segundo estimativas na organização, no final da procissão quase 3 mil pessoas estiveram no local.

Católica desde criança, dona Eudinice Freitas Brito, 60 anos não perde uma encenação da Paixão de Cristo. “É muito importante acompanhar a procissão porque a gente se depara com a ressurreição de Cristo; que ele morre na encenação, mas que ele volta para salvar todos, é uma alegria muito grande porque todos os anos, sinto a presença de Jesus bem forte no meu coração”.

Procissão

Ao todo, 55 pessoas estiveram envolvidas na organização do teatro. O coordenador do espetáculo, Juliano Louveira, 24 anos, diz que parte da equipe que esteve por quatro meses preparando a ‘Paixão de Cristo’, é formada por jovens.

“A maioria está fazendo teatro pela primeira vez e todos sabem que os personagens são bíblicos e a grande mensagem do teatro é a evangelização, principalmente para as pessoas retomarem alguns valores que estão perdidos; vemos jovens envolvidos com álcool, drogas e se perdem no sexo sem compromisso, a real intenção aqui é essa, evangelizar as pessoas”, explica.

Segundo Louveira, todos os personagens são bíblicos, como sacerdotes, discípulos e as mulheres que acompanharam a trajetória de Jesus e para este ano, a novidade está no aplique mega hair investido em Jesus.  “Todo cuidado é pouco, principalmente com os figurinos e nas maquiagens, porque a ideia é passar a mensagem mais verdadeira possível de como foi na época”, avalia.

Do papel de soldado para o personagem principal. O jovem Luan Silva Nascimento, 22 anos, participa da encenação há cinco anos e desta vez, teve uma missão maior, interpretou Jesus Cristo. “Jesus passou tudo isso e nós não valorizamos, muita gente não sabe a verdadeira essência de Jesus Cristo”, avalia.

Personagens

Já no papel ilustre de Maria, mãe do filho de Deus, Mireli de Souza Câmara, 19 anos, participou pela primeira vez do espetáculo e diz ter se dedicado com atenção à personagem e, durante o período de oração e penitência, conseguiu sentir um pouco do que Maria, sua personagem sentiu vendo seu o filho sacrificado.

“Para mim, Maria aceitou o destino de Jesus para ele fazer o que Deus queria; aceitar as escolhas de Jesus foi seu maior desafio, enquanto mãe…acho que as pessoas precisam aceitar o que Deus nos proporciona”, pontua.

No papel do rei Herodes, Yago Pablo dos Santos, 22 anos, que já esteve como Lucifer em outros anos durante a encenação, ressalta que a grande mensagem que entende sobre seu papel é saber que a mensagem tocou as pessoas. “Elas estão se arrependendo, vendo todo o sofrimento de Cristo…Herodes não quis se envolver neste julgamento e hesitou em tomar decisões e menosprezou Jesus”.