Paciente se irrita na fila do posto de saúde e bate boca com guarda municipal
Confusão aconteceu no CRS da Moreninha 3
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Confusão aconteceu no CRS da Moreninha 3
Um paciente do CRS (Centro Regional de Saúde) da Moreninha 3, se irritou com a demora no atendimento e a reclamação terminou em bate-boca com um guarda civil municipal. A confusão aconteceu na manhã desta terça-feira (9), em Campo Grande. A unidade de saúde estava lotada, com aproximadamente 40 pessoas aguardando atendimento.
A discussão teve início por volta das 9 horas. O segurança Wagner Motta, de 33 anos, disse ao Jornal Midiamax que aguardava desde as 7h30 para tentar pegar um exame de sangue, por conta do diagnóstico de dengue.
Segundo ele, foi feito um primeiro exame e foi pedido outra análise no domingo (7), mas ao ir buscar o resultado na segunda-feira (8), ficou sabendo que o nome dele não constava no sistema. Ele voltou nesta terça-feira (9) e não recebeu informação precisa sobre onde estava o exame.
O segurança ficou irritado e teria dado uma tapa em uma das portas. Um dos guardas civis municipais foi questionar o paciente e acabou se exaltando. A GCM (Guarda Civil Municipal) enviou reforço para o local.
“Não foi certo o que eu fiz, mas foi um momento de estresse. Perderam meu exame. Estou com dor e tendo de esperar sem nenhum posicionamento”, explica. “Deixam placa dizendo que tem que respeitar o servidor, mas eles não têm respeito. Não tem como não se estressar em uma situação como essa”, afirma o segurança.
A revisora Vanessa Silva de Oliveira, 34 anos, confirmou que o paciente empurrou a porta. “Acho que está certo, pois está com dor e aguardando atendimento. Os servidores falam que não tem que desacatar, mas não tem como não ficar nervoso”, diz.
A dona de casa Jucilene Ferreira, de 40 anos, disse que aguardava atendimento desde cedo. Ela chegou às 6 horas e diz que toda hora, os servidores falam que ela vai ser atendida, mas diz que já passaram mais de 15 pessoas na frente dela. Ela questiona a classificação que regula a ordem de atendimento. Segundo a dona de casa, os funcionários tinham de selecionar melhor. Ela afirma estar sentindo pontadas na cabeça e diz que perdeu um familiar que apresentava os mesmos sintomas. “O povo precisa de médico é justificável o que ele fez. Precisa de médico e ninguém atende”, lamenta.
O guarda civil municipal que se envolveu na confusão disse ao Jornal Midiamax que tomou medidas compatíveis com o procedimento de ação da corporação. Questionado se sentiu ameaçado e por isso, pediu reforços, ele afirmou que não se sentiu ameaçado e aquela não era uma situação frequente.
A assessoria de imprensa da GCM afirma que ainda não tem conhecimento do fato e que vai verificar a situação. A orientação nesses casos é para que o guarda acalme o paciente para que não aja dano ao patrimônio público.
Sobre o reforço, a GCM considerou normal e disse que é necessário caso tenha que imobilizar alguma pessoa. No começo tumulto, havia três guardas, e depois, chegaram mais oito.
A administração da unidade de saúde informou serem atendidas em média são 300 pessoas por dia. Geralmente, são quatro clínicos-gerais, mas nesta terça, há apenas três.
Segundo a administração, o tempo de espera está sendo considerado normal, mas não é descartada a possibilidade de o tempo de espera aumentar, por conta da falta do médico.
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