Empresário já acionou um advogado para cuidar do caso
Se não bastasse ter os dedos amputados depois de um acidente com uma caçamba, no último sábado (15), sem que tivesse permitido o procedimento, realizado na Santa Casa de Campo Grande, o sócio de uma empresa de caçambas, Benício Cabral, de 32 anos, agora tem medo de perder o que ‘sobrou’ dos dedos.
“Costuraram uma digital na ponta do dedo amputado, e agora o dedo está preto, parece que está necrosando e tenho medo de ficar sem o dedo”, explica Benício. De acordo com o paciente nesta terça-feira (18) teria sido encaminhado para a ala de cirurgia plástica do hospital, e que a médica que o atendeu havia sugerido o procedimento para não perder a sensibilidade.
Mas, já nesta quarta-feira (19), o médico plantonista só analisou o dedo por fotos e disse a Benício que não teria necessidade da realização do procedimento, já que o dedo cicatrizaria sozinho. “Cada médico fala uma coisa, não sei mais o que é verdade. Estou perdido”, fala .
Benício disse que o médico depois chegou a lhe explicar o por que teve de amputar os dedos do paciente. “Disseram-me que por causa da demora não tinha mais salvação, e tiveram de fazer isto. Mas, se não tivessem ficado ao WhatsApp e me atendido com rapidez poderia ter salvo meus dedos”, fala indignado.
“Meu advogado está viajando, mas já entrei em contato com ele para ver quais medidas podem ser tomadas. E vou analisar para ver o que posso fazer”, explica Benício que ressalta a indignação de ver os médicos ao WhatsApp em vez de realizar o procedimento em tempo hábil.
A equipe do Jornal Midiamax entrou em contato com a assessoria da Santa Casa e foi informado que o procedimento realizado no paciente foi o de retalho, que consiste em puxar a pele do próprio dedo para cobrir o ferimento e costurá-lo. Ainda de acordo com a assessoria o procedimento foi realizado com sucesso e teve boa evolução.
A Santa Casa ainda ressalta que durante toda a internação o paciente foi atendido por médicos especialistas em mão, ortopedia e plástica, e que o paciente esteve ciente da perda de sensibilidade do dedo, bem como a volta da sensibilidade em seis meses depois da recuperação completa do procedimento. O paciente recebeu alta e agora fará acompanhamento ambulatorial.