Mulher foi abandonada pelo pai das crianças

Criar três filhos sozinha não é uma tarefa fácil para nenhuma mãe e o dever fica ainda mais difícil quando não há ajuda do pai das crianças e nem mesmo um lugar para morar. Esta é a situação de Fabiana de Paula, de 29 anos, que chegou a com as gêmeas de 2 anos, e um menino de 11 meses. Com eles, apenas a roupa do corpo, uma dúzia de bananas e muita esperança.

Fabiana diz que era moradora de rua quando conheceu o pai das crianças, há pouco mais de três anos. No início do namoro ela recebeu um ‘”quartinho” para morar, mas o relacionamento não deu certo e na gestação das gêmeas, veio a primeira decepção, ela foi abandonada pelo companheiro. Apesar das circunstâncias ruins, entre idas e vindas, ela acabou engravidando e dessa vez o parceiro não assumiu o terceiro filho.

Sem perspectiva, ela foi buscar abrigo na casa da mãe, em Presidente Prudente (SP). “Minha mãe é doente e ainda trabalha na roça, não poderia ficar na casa dela com três filhos. Achei melhor procurar o pai das crianças para ter alguma assistência, mas cheguei aqui e ele me mandou para casa da mãe dele, fiquei lá um tempo e acabei voltando para cá, mas vi que ele está pior que eu, nas drogas e bebida. Agora espero conseguir um lugar para morar com meus filho e um emprego para que eu possa trabalhar”, frisa

Sem o apoio do ex-companheiro, Fabiana procurou a única amiga, Roseneide Alvarez de Souza, de 58 anos. “Ela chegou aqui no meu trailer com as crianças, a roupa do corpo e uma dúzia de bananas. Fiquei morrendo de dó e levei para minha casa, mas moro de aluguel e o dono não permite mais gente lá, além disso, ganho pouco, um salário mínimo, e por mais que eu goste dela e das crianças, não tenho muito o que fazer”, explica.

Seguindo a rotina do dia a dia Roseneide, mais conhecida como Rose, saiu cedo para trabalhar e trouxe com ela a amiga e as crianças. “Eles tiveram de acordar 5 horas para vir comigo porque o dono da casa onde eu moro não deixa ficar mais gente lá”, afirma.

A situação de Fabiana e das crianças chamou a atenção de quem passava pelo local. A auxiliar de serviços gerais Rosilene Gerônimo, de 32 anos, ficou preocupada ao conhecer a história da família. “Vim comprar um café, ouvi a história e fiquei muito preocupada. O município precisa tomar providências. Uma mãe não pode ficar na rua com os filhos”, observa.

A reportagem do Jornal Midiamax, entrou em contato com a chefe da SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social), Janete Belini para saber quais providências o município deve adotar em relação ao caso e ela garantiu que vai entrar em contato com o Conselho Tutelar e que tomará as providências necessárias para que Fabiana e os filhos tenham a assistência necessária.

Ajuda – Os interessados em ajudar com doações de fraldas, roupas e comida podem entrar em contato com a Rose pelo telefone : (67) 9225-0809 ou ir diretamente no trailer, localizado na Rua 13 de Maio, na calçada da Santa Casa, em frente da Pax Universo.