Mulher de policial assassinado tem de ir à Justiça por salário bloqueado

Enrolada pela burocracia, viúva recebe ajuda de colegas do marido

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Enrolada pela burocracia, viúva recebe ajuda de colegas do marido

Dalva Aparecida de Souza Almeida terá de interromper o luto e entrar com uma liminar na Justiça para conseguir sacar o pagamento do marido policial, que morreu no cumprimento do dever. Ele foi assassinado durante uma abordagem no último dia 28, em Tacuru, a 416 quilômetros de Campo Grande e a burocracia deixou a família desamparada com o bloqueio do salário. 

Dalva disse que após a morte do marido os cartões dele foram bloqueados e que a família tem dívidas a serem pagas. Ela teve de se mudar às pressas para Campo Grande com os dois filhos pequenos enquanto o suspeito de ter assassinado o policial está à solta.

Para não passar necessidade, recebeu ajuda de colegas do marido que se organizaram por conta própria. A viúva disse que procurou o Sinpol-MS (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul) para entrar com uma liminar na tentativa de conseguir receber o salário do marido.

“Eu não trabalhava e só dependia dele, que era o esteio da família. Além disso, o salário dele sempre deu para suprir todas as necessidades e vivíamos muito bem”, explica a viúva. Dalva disse que já entrou com a documentação para receber a pensão, mas aguarda o processo burocrático para ser liberada.

A viúva disse que está morando na casa da irmã com os dois filhos, de 14 e 8 anos, e que está recebendo a ajuda da família. “O problema era a falta de roupas, mas graças a Deus nossos amigos trouxeram várias peças para nós e também estamos recebendo muito apoio e toda a assistência de colegas dele da Polícia Civil e Militar”, conta Dalva.

A mulher disse que acredita que no próximo mês já receba a pensão e as coisas vão começar a se normalizar para a família. “Tudo vai dar certo, já entrei com a documentação e acredito que no mês que vem eu já receba”, disse ela.

Com a morte do marido ela disse que pretende vender a casa em Tacuru e morar com os filhos em Campo Grande. José Nivaldo além dos dois filhos com Dalva tem outros três filhos com idade entre 17 e 24 anos. Ainda segundo Dalva, ela aguarda a chegada dos filhos dele para receber as doações dos policiais civis.

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