Mães da Fronteira fazem almoço para arrecadar dinheiro e construir sede

Entidade foi criada por mães de jovens assassinados brutalmente na Capital  

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Entidade foi criada por mães de jovens assassinados brutalmente na Capital

 

Para arrecadar fundos, a Associação Mães da Fronteira promoveu neste domingo (15) churrasco, no bairro Paraty, em Campo Grande. A entidade tem como objetivo melhorar as políticas públicas e o policiamento nas fronteiras de Mato Grosso do Sul. O dinheiro arrecadado hoje será utilizado no financiamento destas ações e na construção da sede própria.

A associação foi criada pelas mães dos jovens Breno Silvestrini e Leonardo Fernandes, mortos brutalmente há três anos atrás. Segundo a entidade, com ajuda de voluntários, foram vendidos 200 ingressos para o evento. “A partir do momento que tivermos uma sede própria será possível termos mais atividades funcionando. Poderemos ter mais voluntários trabalhando com um local especifico e colocar em prática algumas atividades que temos em mente nas áreas de estudos, eventos e na área técnica de segurança”, afirma a vice-presidente da Associação, Ângela Fernandes, que explica, ainda, que o próximo passo da instituição é conseguir o status de organização com utilidade pública.

A presidente da Associação Mães da Fronteira revela que já recebeu o apoio de diversos políticos de Mato Grosso do Sul que se comprometeram em reforçar o policiamento das fronteiras e fortalecer as políticas públicas de segurança. “Nós precisávamos fazer alguma coisa principalmente pelos jovens que estão aí e que tem uma vida pra viver e que estão correndo risco o tempo inteiro, já que nós não temos a segurança que nós merecemos ter”, enfatiza Lilian Silvestrini.

Mães da Fronteira foi criada em setembro de 2013 e já possui cerca de 400 associados. Cristina Cury é uma delas. Além de se associar também faz parte da diretoria da organização. “Por acreditar na causa e me solidarizar com essas mães eu disse sim”, conta a supervisora de escola que ficou sabendo das Mães da Fronteira por intermédio de uma amiga em comum. “Eu não as conhecia nem aos meninos, mas, por eu ter filhos também, aquela barbárie me comoveu, eu chorei com elas”, lembra Cristina. Breno e Leonardo foram mortos em agosto de 2012 depois de serem seqüestrados na saída de um bar em Campo Grande por bandidos que queriam a caminhonete em que os jovens estavam para trocar por drogas, no Paraguai.

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