Justiça cumpre reintegração de 21 casas ocupadas em residencial na Moreninha
Moradores dizem que invasores trazem insegurança
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Moradores dizem que invasores trazem insegurança
A Justiça Federal cumpriu nesta segunda-feira (17), a reintegração de posse de 21 imóveis ocupados irregularmente no Residencial José Maksoud, na Moreninha 4, em Campo Grande. Segundo os oficiais de justiça, a reintegração será feita nos imóveis que já foram abandonados pelos invasores e naqueles que os ocupantes irregulares saírem voluntariamente, pois a PF (Polícia Federal) cancelou de última hora a ida ao local.
Os moradores do residencial, que foi construído com recursos do Programana Minha Casa minha Vida, concordam com a desocupação e dizem que os invasores trazem insegurança. A Caixa Econômica Federal também já está no local assinando os contratos com os novos beneficiários. Segundo o técnico da gerência da Caixa Econômica Federal, Rogério do Carno, os invasores costumam danificar os imóveis, estragando paredes, levando louças sanitárias. Segundo Carmo, após as vistorias, as residências serão reparadas e os novos moradores devem se instalar o quanto antes nas casas.
A autônoma Maria de Lourdes de Oliveira, diz que foi sorteada há três meses e que há uma semana a chamaram para poder ocupar a casa. Ela reclama que a residência está danificada. “Está tudo acabado, sem porta, com a parede acabada. É uma falta de respeito com quem foi sorteado”, diz. A autônoma diz que vivia de aluguel e que desde 2001 tinha cadastro na Emha (Agência Municipal de Habitação de Campo Grande).
Sebastiana Almeida Marques, de 61 anos, mora há sete meses no residêncial e diz que as invasões são ruins para vizinhança. “A gente nuca sabe quem é e se foi sorteado. Causa uma preocupação para gente”.
O cabeleireiro Wellington de Freitas, de 33 anos, também diz que é contra as invasões. “As pessoas esperam tanto para ter a casa e os outros e invadem. A gente não sabe de onde vieram e nem qual a intenção”.
O vendedor autônomo Marcos da Silva de Oliveira, de 51 anos, é um dos invasores. Ele está no residencial há 7 meses. “Não é minha [a casa]. Fazer o que? Tenho que sair mesmo”. Marcos diz que mora no local com a mulher e a filha deficiente e que antes estava em um local de risco.
Vanessa do Amaral Alencar, de 26 anos, também lamentou ter que deixar o imóvel. Ela diz que ocupou a residência há cinco meses, e que antes a casa estava nas mãos de usuários de drogas. Com a saída, ela vai ter que viver de favor. “Sozinha me viro, mas com duas criança é muito difícil. E muito ruim ter de sair. Tenho inscrição na Emha há nove anos, tenho os requisitos, mas meu nome nunca foi para o sorteio”.
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