Instalação de guard-rails será paralisada a pedido da Prefeitura

O impasse entre a Prefeitura e a CCR MSVia resultou na interrupção, nesta sexta-feira (3), de obras no trecho da que passa por , no chamado macroanel rodoviário – entre as saídas para São Paulo (SP) e Cuiabá (MT). A concessionária começou a instalar guard-rails em alguns pontos, medida que, na visão da autoridade municipal, é prejudicial porque divide a cidade e dificultará acesso a várias regiões.

A Prefeitura formalizou pedido para que a CCR MSVia pare a instalação das defensas metálicas, pelo menos, por uma semana. Na quinta-feira (2), o prefeito da Capital, Gilmar Olarte (PP), pediu intermediação do Ministério dos Transportes no caso, e nova reunião está marcada para a quarta-feira (8), em Brasília (DF), com representantes da empresa e da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) – até lá, somente onde já havia começado obras, na curva junto ao acesso ao aterro sanitário do Jardim Noroeste, os trabalhos serão concluídos.

O Município pede que o projeto de concessão seja alterado, incluindo 12 pontos de intervenções no trecho da BR-163 no macroanel, que será duplicado nos próximos anos. A CCR MSVia, por sua vez, tem previstas as construções de quatro pontos de passagem sobre a rodovia, número que a Prefeitura acha pequeno.

Segundo o prefeito, que chamou a imprensa até o local da instalação das defensas para falar sobre o impasse, a ideia de bloquear os acessos à rodovia com os guard-rails prejudica a região, onde há ao menos 15 mil empregos. “Não dá para dividir o perímetro urbano”, analisa Olarte.

Também no local das obras, um representante da CCR MSVia disse que os guard-rails são uma questão de segurança. “Somente nesta curva há seis acessos à rodovia”, disse Claudeir Mata, explicando que o projeto foi desenvolvido pela empresa e aprovado pela Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação).

A conta é de quem?

Além do impasse sobre os guard-rails e a construção de acessos ao trecho em decorrência da duplicação, há outro problema apontado pela Prefeitura. Segundo o chefe da Seintrha, Valtemir de Brito, desapropriações, pavimentação e drenagens no entorno do trecho podem custar R$ 1 bilhão ao Poder Público, conta que o Município rejeita assumir.

“Queremos saber quem é que vai pagar essa conta. Temos que tratar com muita responsabilidade isso, para não dar problema mais para frente”, aponta o secretário. Por isso, na reunião com a ANTT e a CCR, em Brasília, o Município quer acesso ao projeto executivo de mudanças no trecho, tendo por conseqüência alterações as quais julga necessárias e definição sobre os impactos financeiros decorrentes da duplicação.