Causa principal da morte dos peixes é a mudança de temperatura

Com o rompimento entre a Anambi e o Governo do Estado, o Imasul (Instituto de Maio Ambiente do Mato Grosso do Sul) terá que começar projeto que mantém os peixes já comprados para o da estaca zero. E o primeiro desafio está batendo à porta. Como inicialmente a inauguração da obra estava prevista para o ano passado, os animais não foram armazenados com estrutura para aguentar temperaturas mais baixas. O inverno começou e os próximos dias serão frios.

“Vamos ter que correr contra o frio”, disse o diretor de Licenciamento do Imasul, Ricardo Eboli. Mesmo sem saber ao certo quantos animais estão nos tanques de manutenção, o Governo do Estado deve adquirir aquecedores para garantir a sobrevivência das 140 espécies. “Vamos buscar adquirir toda a infraestrutura necessária para dar suporte aos peixes que estão aqui”, garantiu.

O instituto iniciou ontem elaboração de relatório para saber a atual situação dos peixes, da estrutura de armazenamento e quais medidas precisam ser tomadas para mantê-los vivos até a inauguração do Aquário, ainda sem data prevista. O resultado deve sair em 10 dias.

Os documentos feitos pela Anambi, até então responsável pela conservação dos animais, também vão passar por análise, uma vez que no início deste mês a empresa apontou mortandade de mais de 10 mil exemplares e agora alega que o número não é tão alto, está por volta dos seis mil mortos.

“Teremos relatório do corpo técnico que é responsável pela manutenção desses peixes e a partir daí vamos dar o resultado final sobre a situação sanitária e nutricional desses peixes. Não vou discutir o que um diz e não diz (a Anambi), vamos trabalhar com relatório oficial e daí faremos nossa manifestação”, esclareceu.

O plano de manter os animais nos tanques, mesmo sem dia certo para término do aquário, é gerar economia. O diretor alega que devolvê-los ao habitat natural e depois realizar processo de captura novamente causaria gastos desnecessários aos cofres públicos. “Cabe ao Imasul contornar situação e fazer um novo projeto para que quando o aquário tiver concluído a gente possa entregar (os peixes) nas condições em que estão hoje”, avaliou.

Rompimento – Ainda segundo Ricardo, a Anambi foi desligada do projeto porque seria responsável pela manutenção dos animais durante oito meses, como previa o cronograma. Mas diante da readequação, o governo optou por tomar frente da situação e refazer todo o trabalho de contagem e manutenção do material vivo. “Também foi por causa de questões técnicas relativas ao projeto que serão prestadas através de relatório da empresa que estava aqui com a Fundect”, finalizou.