Grito dos Excluídos pede fim da morte de índios e da corrupção

Os grupos invadiram a  rua ao final do desfile 

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Os grupos invadiram a  rua ao final do desfile 

Ao final do desfile em  comemoração do Dia da Independência em Campo Grande na manhã desta segunda-feira (7), dois grupos distintos invadiram a Rua 14 de Julho para protestar. Um deles, pedindo o fim da corrupção e o outro justiça pelas mortes das lideranças indígenas guarani e kaiowás durante conflitos com fazendeiros.

Com faixas, caixão e gritos de guerra, os indígenas usaram o evento para protestar contra as mortes que vêm acontecendo ano após ano nos conflitos de terra em Mato Grosso do Sul. O grupo pede acima de tudo justiça, já que não o povo não sabe se os assassinos e mandantes dos crimes foram punidos.

“Já foi derramado muito sangue do nossos guerreiros porque estavam defendendo a terra deles”, lamenta o líder do movimento Nilto Nelson. A manifestação também foi contra a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 205 e a demarcação de terras indígenas. “Se não entregarem a nossa terra, as autoridades vão ter dor de cabeça, se não resolver a situação vai ficar pior. A nossa casa é nossa casa deixe nosso território”, afirmou.

Outra parte dos manifestantes, se reuniram para pedir o fim da corrupção. Com personagens do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva “preso” e da presidente Dilma Rousseff (PT) algemada, o grupo pedia a punição para os políticos fichas-sujas e um Brasil melhor. “Queremos um país justo com ética e que aqueles que cometerem algum deslizes, independentemente do partido, sejam punidos”, disse um dos manifestantes.

Segundo Marco Soria, um dos organizadores do movimento, se o país continuar como está, entrará em uma recessão e não conseguirá se recuperar. “ Quando alguém transgride a lei tem que ser punido”, completa.

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