Funcionários da Proteco no Aquário continuam abandonados e sem salários

Empresa ainda não pagou trabalhadores

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Empresa ainda não pagou trabalhadores

Sem salário e com benefícios cortados, os 33 trabalhadores que trocaram a vida difícil do Nordeste pela proposta de trabalho que prometia oferecer condições de uma vida melhor, se dizem arrependidos de terem deixado a terra natal. Os trabalhadores foram contratados pela empresa Proteco Construções Ltda., para trabalhar na obra do Aquário do Pantanal, no entanto, a construtora que foi afastada dos trabalhos, pelo governo do Estado, dispensou os profissionais e ainda não pagou a rescisão contratual.

Os trabalhadores afirmam ainda que não receberam o salário referente a junho deste ano e, além disso, tiveram o vale-alimentação no valor de R$ 240,00 cortados pela empresa, como explica o pedreiro Cloves Alves da Silva, de 43 anos. Ele morava no Ceará, estava desempregado e viu na proposta de emprego, a possibilidade de garantir o sustento da família.

“Achei que o emprego seria vantajoso, mas agora me arrependo de ter vindo. Minha mulher foi ao mercado fez toda a compra e quando passou no caixa não tinha nada. Teve de devolver tudo. Vim para cá para juntar um dinheiro para mandar para minha família e vou voltar sem nada”, relata.

O pedreiro Hugo Deleon, de 27 anos, trocou o trabalho no Nordeste pelo emprego na Proteco, mas também se diz arrependido. “Lá eu não trabalhava com carteira assinada e achei que aqui seria melhor, mas me arrependi de ter vindo. A empresa fala que até o dia 5 de agosto fará o pagamento, mas desconfiamos que isso não vai acontecer. Estou esperando receber dinheiro para mandar para a minha família”, destaca.

Segundo os relatos, os funcionários trabalhavam 10 horas por dia, de segunda a sexta-feira, sendo uma hora a mais para compensar o sábado não trabalhado e uma hora extra. A média de salário oferecido era de R$ 1.407,00, alojamento e o vale-alimentação, que a maioria enviava para a família no Nordeste, no entanto, os trabalhadores se dizem decepcionados com a realidade vivenciada ao chegar a Campo Grande.

“Quando chega a uma situação dessa, não tem quem não se arrependa. Mandaram a gente parar de trabalhar e disseram para esperarmos de 10 a 15 dias para recebermos, mas desconfiamos que isso não vai acontecer”, lamenta o encanador Genilton Cruz, de 28 anos.

Os trabalhadores foram dispensados na última quinta-feira (23) e permanecem no alojamento oferecido pela empresa, na Rua São Miguel, na Vila Progresso. De acordo com os funcionários, até o momento não houve nenhum acordo a respeito do pagamento.

A  equipe de reportagem do Jornal Midiamax tentou falar por telefone com alguém da Proteco, no entanto, as ligações não foram atendidas. 

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