Funcionários da Energisa cruzam os braços para reivindicar reajuste
Paralisação começou nesta segunda
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Paralisação começou nesta segunda
Os funcionários da Energisa – concessionária responsável pela distribuição de energia em Mato Grosso do Sul- entraram em greve nesta segunda-feira (30). A categoria reivindica reposição salarial de acordo com o índice de inflação com mais 3% de ganho real e a manutenção de benefícios já acordados em convenção coletiva.
A greve deve durar três dias e, caso a empresa não negocie com a categoria, os trabalhadores podem paralisar as atividades por tempo indeterminado no fim de dezembro.
De acordo com o diretor de comunicação do Sinergia-MS (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria e Comércio de Energia no Estado de Mato Grosso do Sul) Aldo Aristimunho, a empresa está intransigente. “O setor de energia não passa por crise e não vemos motivo para intransigência nas negociações”
Conforme Aristimunho, a empresa quer fazer o pagamento apenas da reposição salarial e de forma parcelada. Além disso, a Energisa também pretenderia retirar benefícios já conquistados, como o de saúde para atendimento de funcionário acidentado. Pelas atuais regras do acordo coletivo, quando o trabalhador sofre um acidente no trabalho, além do beneficio do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social), a empresa faz o pagamento extra até que a pessoa retorne. A Energisa também, segundo o sindicato, sinaliza a pretensão de retirar a multa em caso de rescisão.
Diante do lucro da empresa, apontado pelos funcionários em R$ 193 milhões em todo o pais, os trabalhadores dizem não entender o motivo de a empresa não negociar. Eles também alegam que o lucro dos acionistas passou de 25% para 35% e os trabalhadores “estão sendo relegados a segundo plano”. Ao todo, são 1.400 funcionários no Estado e a expectativa é de que pelo menos 70% faça parte da greve.
Nesta segunda, os funcionários que chegam a sede da empresa para trabalhar são convidados a fazer parte da greve. O call center está funcionando normalmente, pois é feito por uma empresa terceirada. Conforme o sindicato, 30% dos trabalhadores vão continuar trabalhando e se houver emergências por conta de chuva, há equipes de plantão. A loja de antedimento ao público, na Avenida Calógeras, está fechada.
A Energisa já marcou uma reunião com os funcionários às 15 horas para discutir a situação. Os funcionários alegam que se não houver acordo nesses três dias, a categoria está mobilizada para uma greve para o fim mês de dezembro por tempo indeterminado.
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