Famílias se antecipam e cemitérios ficam cheios na véspera de Finados
Movimento foi grande já na manhã deste domingo
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Movimento foi grande já na manhã deste domingo
Muita gente se antecipou ao Dia de Finados, celebrado na segunda-feira (2), e foi neste domingo (1°) aos cemitérios de Campo Grande. No Santo Amaro, maior cemitério público da Capital, o movimento foi intenso durante o período da manhã, quando ambulantes também aproveitaram para garantir um dinheiro extra.
A ida ao cemitério foi um momento de reflexão e oração para quem visitou o túmulo de familiares e amigos. A professora Maria Inês da Silva, de 54 anos, disse que foi ao local para ver o túmulo da filha, que morreu aos 9 meses e que teria atualmente, 26 anos. Ela disse foi ao cemitério na véspera de Finados, pois amanhã tem de ir ao Jardim das Palmeiras, vistar o túmulo marido, que morreu há 1 ano. “Nos anos anteriores o ele estava presente nessa visita. Agora eu senti bastante”.
A professora disse que ainda sentia a presença do marido, enquanto seguia para o túmulo da filha. “É um dia especial. É necessário fazer fazer esse momento de reflexão, oração e homenagem.
O professor Aldo José dos Santos, de 57 anos, seguia de São Paulo para Anastácio, a 143 quilômetros de Campo Grande, e decidiu para na Capital e visitar o local onde estão enterrados alguns dos familiares. “É uma data muito especial. Vim acender velas, fazer orações e limpar o túmulo”.
A cuidadora de idosos Francisca Amélia de Jesus, de 58 anos, disse que foi vistar o túmulo do filho que morreu há seis anos. Ela decidiu fazer uma visita antecipada e limpar o local, pois vai trabalhar no domingo. “É o momento de relembrar e fazer orações. Se pudesse visitaria amanhã também”.
Ambulantes
Os vendedores ambulantes aproveitam o momento para conseguir uma renda a mais. Alguns foram pela primeira vez e outros, já tem a experiência de vários feriados de Finados.
A funcionária pública Benedita dos Santos, de 56 anos, trabalha 10 anos montando a barraquinha em frente ao cemitério. Ela vende pastel, salgado, refrigerante, suco e já tem o espaço dela delimitado. “O público não é enorme, mas vale a pena. Já tenho amizades e clientela”.
Daniel Rodrigues da Silva, de 59 anos, montou uma barraca para vender espetinho, em frente ao cemitério pela primeira vez. Daniel disse que não está em uma boa situação financeira e vai arriscar vender os produtos na frente do cemitério. “É uma oportunidade para lucrar”.
A servidora pública Teresa Felix, de 59 anos, foi ajudar a filha que é a dona da barraca. As duas vendem caldo de cana, refrigerante e água. Teresa também disse que a crise motivou as vendas no cemitério. “É uma oportunidade. Em vez da folga, a gente tem que trabalhar mais no feriado por conta da crise. Está difícil e toda oportunidade que aparece aproveitamos para tira uma renda extra”.
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