Enquanto Solurb não cumpre decisão, lixo se acumula em hospitais

Decisão obriga empresa a voltar serviços neste domingo

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Decisão obriga empresa a voltar serviços neste domingo

Enquantão a Solurb não cumpre decisão judicial que obriga a empresa a voltar os serviços ainda neste domingo (13), os lixos se acumulam nos hospitais de Campo Grande. Equipe do Midiamax passou por três unidades públicas de saúde da Capital e constatou que há muito lixo acumulado.

No posto de saúde do Guanandi, na Avenida Manoel da Costa Lima, os lixos estão acumulados no meio da calçada perto da entrada e saída das ambulâncias. A equipe de redação foi também até a Santa Casa, onde a situação não é diferente. Além de lixos em uma caçamba, há dois amontoados, um de lixos em sacos  brancos e outro de sacos de lixo pretos.

Já no Hospital Regional Maria Rosa Pedrossian, a situação é calamitosa: o reservatório de lixo está cheio. Há uma montanha de saco de lixos que chegam até o teto da garagem, além de dois containeres lotados de lixo até a boca.

Sem movimentação

O Midiamax passou em frente da sede da Solurb, empresa responsável pela coleta de lixo em Campo Grande que está com os serviços paralisados desde quarta-feira (9). Não há nenhuma movimentação no local e nem indícios de que a coleta de lixo voltará a ser feita.

A decisão

Um funcionário do setor administrativo da Solurb foi notificado na tarde deste domingo da decisão do plantão judicial determinando a retomada da coleta de lixo nas unidades públicas e privadas de saúde em Campo Grande. Desde a notificação, que ocorreu por volta das 13h, já está correndo o prazo de 4h dado pela Justiça para que o serviço seja retomado, sob pena de multa de 30 mil reais a cada hora de atraso.

O juiz concedeu liminar em ação movida pela Prefeitura de Campo Grande, sob alegação de risco para a saúde pública com a falta da coleta de lixo na cidade, paralisada desde quarta-feira pela Solurb e por uma greve dos trabalhadores. A empresa alega que tem um crédito de pelo menos R$ 23 milhões com a Prefeitura e os empregados, cerca de mil, estão com os salários atrasados e se negam a trabalhar.

Na decisão, o juiz considera que a determinação é de urgência dado os riscos à população demonstrados no pedido da prefeitura. O documento diz que são 70 pontos de recolhimento de resíduos em estabelecimentos de saúde, mas pede atenção especial aos maiores hospitais. A Santa Casa, por exemplo, alega que por dia produz pelo menos 12 toneladas de lixo. Considerando que já são cinco dias sem coleta, a instituição tem 60 toneladas de resíduos para recolher. O Hospital Regional já havia ido à Justiça e conseguido liminar determinando a coleta do lixo.

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