El Nino ‘Godzilla’ deve permanecer até 2016 com muita chuva e calor em MS

Grande volume de chuva pode ser atribuído ao fenômeno

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Grande volume de chuva pode ser atribuído ao fenômeno

Uma ‘força terrível da natureza’, assim pode ser definido o Godzilla, réptil gigante do filme de ficção científica. A mesma definição foi atribuída por meteorologistas norte-americanos ao El Niño deste ano, fenômeno climatológico que vem causando tempestades no sul do Estado e até um tornado no Paraná. Chamado de ‘El Niño Godzilla’, o fenômeno é o mais forte desde 1.998 e não é considerado um El Niño comum. 

De acordo com a meteorologista do Cemtec (Centro de Monitoramento de Tempo, do Clima e dos Recursos Hídricos de Mato Grosso do Sul ) Cátia Braga, as fortes chuvas que causaram situação de calamidade no sul do Estado e diversos estrados em Campo Grande, podem ser atribuídas ao El Niño, mas sem esquecer, que estamos no período chuvoso, que vai de outubro a março. “Por causa do El Niño, as temperatura fica acima da média, o tempo fica chuvoso e o inverno não foi tão rigoroso”, explica. 

O El Niño é o aquecimento superficial das águas do pacifico e faz com que haja uma diferença na circulação dos ventos, ocasionando uma mudança no clima em vários pontos do mundo. Segundo a meteorologista, o fenômeno deve permanecer até o meio de 2016, quando a ‘irmã’, o fenômenos La Nina, deve chegar.

“Estudos mostram que depois de um El Niño forte, vem uma La Nina forte. Esse fenômeno tem o efeito contrário ao do El Niño, com seca para região de Mato Grosso do Sul e a possibilidade de um inverno mais rigoroso do que o deste ano”. 

Para o verão, que começa daqui a 14 dias, a previsão também é de chuva acima da média e temperaturas mais elevadas. Somente no sábado, choveu 59,6 milímetros na capital sul-mato-grossense.  O histórico de dezembro é de 224,9 mm e 59,6 mm representa 26,5% em relação ao histórico.El Nino 'Godzilla' deve permanecer até 2016 com muita chuva e calor em MS

Em novembro, a maioria das cidades monitoradas pelo Cemtec teve chuva bem acima da média histórica, em Amambai, o total do mês foi 419,2 mm, (124,4% acima do histórico); Bela Vista, total  do mês foi 249 mm (+38%); Campo Grande 150 mm (+ 73%); Dourados 326,4 mm (+ 89%); Itaquiraí 412,6 mm (+160,5%); Ivinhema 151,2 mm (+13%);  Juti 314,8 mm (+81%); Ponta Porã 302,8 mm (+42%); Porto Murtinho 228,6 mm (+39%);  Porto Murtinho 228,6 mm (+39%); Sete Quedas 481,8 mm (+160%) e Três Lagoas 309 mm (+111%).

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