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Cotidiano

Dia de Finados é marcado por sacrifícios, orações e emoção em cemitérios

Expectativa é de que 80 mil visitem sepulturas nesta segunda
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Expectativa é de que 80 mil visitem sepulturas nesta segunda

Os cemitérios públicos de ficaram lotados na manhã desta segunda-feira (2), . Nos túmulos, havia histórias de famílias que se reuniram para homenagear os entes que já morreram e de sacrifícios, como de quem veio de longe para visitar as sepulturas, e idosos, que enfrentaram dificuldades de locomoção para chegar até os túmulos.

No Santo Amaro, o maior da Capital, onde estão sepultadas 41 mil pessoas, a expectativa da administração é de pelo menos 10 mil visitantes ao longo do dia. No Cemitério do Cruzeiro, além de muita gente, fiéis de diversas religiões estiveram no local com mensagens de apoio. A expectativa da Prefeitura é de que 80 mil pessoas passem pelos cemitérios da Capital no Dia de Finados.

No cemitério Santo Amaro, de acordo com o auxiliar administrativo Joel Joerke, de 70 anos, a movimentação é mais intensa até às 11 horas e deve voltar a aumentar por volta das 15 horas. Foram instalados banheiros químicos e a GCM (Guarda Civil Municipal) fechou a entrada o cemitério, para que somente pedestres consigam acessar o portão principal e evitar tumultos. A fila para a localização de túmulos também foi grande no cemitério.

Entre os túmulos, muita gente que viajou de outras cidades para prestar uma homenagem aos familiares já mortos. O empresário Carlos Moreira, de 56 anos, veio de , a 143 quilômetros de Campo Grande, para visitar a sepultura do filho, que morreu há cinco anos.

Moreira diz que faz essa viagem todos os anos como forma de homenagear o filho. “É muito importante. Fazer uma oração é uma forma de ficar mais próximo do meu filho”.

Aos 73 anos, a aposentada Luiza Benites diz que mora no Aero Racho e teve que pegar três ônibus para chegar ao cemitério e visitar o túmulo da mãe. A aposentada diz que não costuma visitar o cemitério durante o ano, pois sente dificuldade em ir sozinha. “É importante, pois renova a fé. Venho pedir [à mãe] força e saúde”.

Muito emocionada, uma mulher que não quis se identificar disse que veio de Mato Grosso para visitar o túmulo da mãe, onde não ia havia três anos. “Vim para matar a saudade e deixar em ordem as coisas. É um momento de lembranças”.

Além de muita gente, também foi visto muito lixo pelo local. De acordo com a administração, a coleta só vai passar na terça e durante a tarde.

No cemitério do Cruzeiro (São Sebastião), onde estão sepultadas 27 mil pessoas, a auxiliar administrativo Katiusce Bacarti informou que somente pela manhã passaram aproximadamente oito mil pessoas pelo local. A expectativa é de receber até 13 mil até o fim do dia.

No cemitério, muitos idosos com dificuldades de locomoção tiveram que enfrentar uma caminhada na terra para prestar as homenagens. Uma senhora chegou a ser carregada pelos familiares em uma cadeira de plástico.

Aos 73 anos, a aposentada Aurelina disse que foi ao cemitério mesmo com dificuldades para caminhar. Com uma bengala, ela foi até o túmulo da mãe e disse que, quando a perdeu, visitava o túmulo todos os dias, até ser atacada. “Um dia, tinha dois drogados na porta que me atacaram e, desde então, nunca mais vim, por medo. Agora, só venho no Dia de Finados, acompanhada dos meus filhos, porque também tenho as minhas dificuldades físicas”.

Homenagens

A movimentação nos cemitérios públicos começou cedo, com pessoas que fugiram do tumulto e do trânsito, para ter um momento de maior tranquilidade. No cemitério Santo Antônio, o mais antigo da Capital, a presença de descendentes e da cultura japonesa foi marcante, com diversas famílias prestando homenagens aos antepassados. 

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