Depois de reclamações e filas, polícia precisa conter tumulto em mercados
Lojas encerram atividades nesta quarta-feira (30)
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Lojas encerram atividades nesta quarta-feira (30)
O penúltimo dia de atendimento do Maxxi Atacadista, loja de atacado da Rede Walmart, está sendo marcado por reclamações, tanto nos preços como nos atendimentos, e a Polícia Militar foi acionada para conter os ânimos de quem ficou para fora, depois que os portões foram fechados.
Na loja Walmart, dos Shopping Bosque dos Ipês, equipes do Garras (Delegacia de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) auxiliaram os funcionários e evitaram maiores tumultos.
O administrador de empresas Marco Antônio Abrão, de 32 anos, que foi conferir os descontos do Maxxi, contou que por volta das 15 horas, alguns funcionários fecharam os portões, informando que as atividades estavam encerradas, o que revoltou algumas pessoas que estavam chegando, na expectativa de aproveitar as promoções de encerramento. “O pessoal começou a juntar em frente ao portão e chutar as grades, daí acionaram a polícia, mas quando eles chegaram o clima já estava mais calmo, só que ninguém podia sair do mercado”, narrou o administrador que ficou mais de 30 minutos aguardando a chegada dos oficiais para ser liberado.
O Sargento Darley explicou que alguns policias já estavam dentro da loja, para garantir a segurança dos clientes, e deram apoio aos funcionários até a chegada das outras viaturas. Segundo ele, a confusão pode ter sido motivada por mensagens de WhatsApp, divulgadas por uma funcionária da loja, dizendo que os preços estavam muito baixos. “Isso deve ter aguçado a curiosidade da população, que tentou conferir de perto”, disse.
Outro ponto que gerou confusão entre os clientes, foram os preços dos produtos, que segundo a doméstica Maria Aparecida da Silva Pereira, de 58 anos, estavam muito acima do anunciado. “Os funcionários me disseram que estava tudo com 40% de desconto, quando na verdade eram apenas os frios. Então quando as pessoas iam pagar, levavam um susto e desistiam da compra no caixa”, explicou.
Ela e a filha chegaram no mercado às 8 horas e só conseguiram sair às 15 horas, e com o carrinho mais ‘vazio’ do que desejavam, e frustradas com a qualidade do atendimento. “Não é porque está em liquidação que tem que virar essa bagunça. Eu vi uma mulher ser agredida pelos funcionários la dentro”, criticou.
Marco Antônio também presenciou a suposta agressão, mas teve um entendimento diferente dos fatos. Segundo ele, a cliente em questão, uma mulher de aproximadamente 45 anos, estaria envolvida em um roubo de celular, e os funcionários estariam contendo a mulher até a chegada da polícia.
O administrador também relatou o abuso nos preço, dizendo que os valores expostos nas prateleiras não eram compatíveis com os preços nos caixas. “Tinha muito preço errado, o que fez muita gente desistir de alguns itens, e outros da compra inteira. É bem frustrante, porque a gente espera horas em uma fila e quando vai pagar o preço não corresponde ao que estávamos esperando”.
Ele, a esposa e a sogra entraram na filas 12h15, e as 16 horas ainda haviam pelo menos oito carrinhos na frente.
Já para quem ficou de fora, e não pode nem ao menos tirar suas próprias conclusões, o sentimento foi de traição. “Eles disseram que as atividades iriam até amanhã. Se tem muita gente porque não fazem um sistema de rodizio, onde sai um carro e entra outro?”, indagou a diarista Eliane Cristina, de 46 anos.
O funcionário, que não quis se identificar, respondeu apenas que as atividades foram encerradas porque não há mais produto para ser comercializado. “Vamos abrir para que se não tem o que vender?” reforçou.
Estratégia nacional
O encerramento das operações das três lojas de Campo Grande, Walmart Bosque dos Ipês, e Maxxi Atacadistas das Avenidas Coronel Antonino e Ernesto Geisel, faz parte de uma reprogramação das atividades do grupo, diante do cenário de crise no País. Ao todo, está previsto o fechamento de 30 lojas.
Segundo apuração do Jornal Midiamax, a demissão de funcionários já começou. Para o Shopping Bosque dos Ipês, o fechamento da unidade é um baque considerável, por se tratar de âncora e ocupar um espaço grande e também porque, quando da inauguração, o Walmart era considerado um chamariz de clientes para o central comercial, considerado por muitos muito afastado para boa parte da população local. O estabelecimento fica no final da avenida Cônsul Assaf Trad, próximo da BR-163.
Pelas informações apuradas, as lojas que estão sendo fechadas não estão dando o resultado esperado pela rede, assim como as outras no restante do País que serão desativadas. Fechar 30 lojas equivale a 5% dos 544 pontos de venda no país do grupo de origem estadunidense, que chegou a Mato Grosso do Sul em 2008, com a loja da Avenida Mato Grosso.
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