De novo na rodoviária, dogueiros avisam aos clientes: podem voltar
Antiga rodoviária foi liberada na última quarta-feira
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Antiga rodoviária foi liberada na última quarta-feira
Home sweet home. Com a sensação de que voltaram para casa, os dogueiros comemoram a reabertura do centro comercial na antiga rodoviária, que voltou a funcionar na quarta-feira (4). Parados desde o dia 27, quando o Corpo de Bombeiros lacrou o Centro Comercial Condomínio Terminal do Oeste para adequações, os dogueiros recomeçam do zero, mas recomeçam felizes. Só querem que a clientela, que sumiu, volte a procurar o lugar.
Para eles, recomeçar não é novidade, pois fizeram isso quando foram tirados da avenida Afonso Pena, ponto nobre da cidade, e levados para a rodoviária depois de muito debate.
“Há males que vêm para o bem. Interditaram aqui, parecia que ia ser um problemão, ficamos uma semana sem trabalhar, mas valeu a pena”, avalia o dogueiro Rubens Marcos, de 33 anos. Para ele, a segurança melhorou depois que o Corpo de Bombeiros exigiu as adequações. “Ficou mais seguro, tanto para a gente quanto para os clientes. Vão investir aqui”.
De acordo com o comandante metropolitano do Corpo de Bombeiros, coronel Jairo Shoitiro Kamimura, o prédio não atendia itens de segurança obrigatórios: bomba de incêndio, alarme, hidrantes, iluminação, rota de fuga, extintores, brigada de incêndio e um laudo de um profissional especializado.
Para o comerciante Rubens, o susto teve um componente positivo, pois criou laço entre os comerciantes, que não era tão forte antes. “Antes tinha um clima ruim, agora todos estão em acordo. Criou mais harmonia entre os comerciantes internos e os comerciantes externos, o pessoal dos traillers. Agora um ajuda o outro, como deve ser”.
Outro dogueiro, Adrian Lopes, de 23 anos, também viu com bons olhos a volta à antiga rodoviária. “Estamos felizes de saber que vamos ficar em casa. Pelo menos é o que ficou definido, que vamos ficar por aqui”.
Não custa lembrar que a saga dos comerciantes, que também são chamados de “lancheiros”, já teve mudanças suficientes de lugar para trabalhar. Em 2012, quando a presença deles na Avenida Afonso Pena foi vetada, eles foram transferidos para a Praça Aquidauana, depois para a Rodoviária e chegou a haver uma ameaça de que fosse para o Horto Florestal, transferência que não se concretizou.
Adrian garante que o quadrilátero das ruas Dom Aquino, Vasconcelos Fernandes, Barão do Rio Branco e Joaquim Nabuco é o melhor lugar para os comerciantes. “Se tirarem a gente daqui vão mandar a gente para onde?”.
De volta para casa, os dogueiros recomeçam do zero. “Foi duro ficar parado e perder dinheiro, mas agora voltamos com tudo, para ficar. Precisa é avisar o pessoal, muita gente não sabe que estamos de volta”.
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