Confuso: pais reclamam do retorno parcial das aulas em escolas municipais
ACP critica professores e diz que não poderiam abandonar greve
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ACP critica professores e diz que não poderiam abandonar greve
O impasse entre professores da Reme (Rede Municipal de Ensino) e da Prefeitura de Campo Grande, tem confundido e mudado a rotina de muitos pais de alunos. Na Escola Municipal Padre Tomaz Ghirardelli, localizada na Rua Lúcia, no Dom Antônio Barbosa na região sul de Campo Grande, dos 120 professores, apenas seis permanecem em greve e o retorno parcial tem sido criticado.
A diretora, Angélica Dias de Oliveira, afirma que no local estudam 2.500 alunos e garante que a maioria voltou às atividades escolares. “Quase todas as turmas já estão tendo aula. Apenas seis professores continuam em greve”, justifica.
Para a auxiliar de escritório, Jucimara da Silva Rodrigues, de 43 anos, tem um filho de nove, que estuda no local. Para ela, o retorno parcial prejudica os alunos e dificulta a rotina dos pais.
“Nunca sabemos se decidiram voltar ou não, então, todos os dias, tenho de arrumá-lo e levá-lo para escola para saber se ele terá aula. Isso é complicado, ele chora porque fica preocupado com as notas. Tem medo de acumular muita matéria, além disso, os pais ficam em uma situação muito difícil. Sem aula não tenho onde deixá-lo e preciso levá-lo para o trabalho, mas não posso fazer isso todos os dias”, lamenta.
A paralisação teve início no dia 25 de maio. A categoria, que atualmente recebe R$ 1.697,00 para 20 horas aula, pede reajuste de 13,01%, o que elevaria o salário para R$ 1.917,00. Procurado pela reportagem do Jornal Midiamax, o presidente do ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública), Geraldo Gonçalves, criticou o retorno dos professores.
“O professor não deve voltar, não estamos em greve por prazer. Estamos cobrando o cumprimento da lei. Nosso sindicato gostaria que todas as escolas estivessem funcionando regularmente, mas com o cumprimento da lei. Lamentamos que isso venha acontecendo”, declara.
O calendário escolar estabelece que as escolas devem cumprir 200 dias letivos e até o momento não há previsão de como será realizada a reposição das aulas. O assunto será discutido apenas depois que a paralisação for encerrada.
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