Comerciantes dizem que clima é tranquilo em Antônio João depois de conflito
Ministro esteve em MS para tentar resolver situação
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Ministro esteve em MS para tentar resolver situação
Comerciantes de Antônio João, cidade distante 402 quilômetros de Campo Grande, relataram nesta quinta-feira (3), que o clima na cidade é tranquilo após ao conflito em indígenas e produtores rurais, que terminou com a morte do indígena Semião Fernandes Vilhalva, de 24 anos, no último sábado (29).
Depois do confronto, o governo do Estado pediu a presença do Exército e a presidente Dilma Rousseff autorizou o envio de tropas a cidade. Os moradores garantem que antes mesmo da chegada dos militares a cidade já estava calma, porém havia boatos de uma possível invasão dos indígenas.
Proprietária de uma loja de móveis, Odete Holsbak diz que não houve nenhum problema nestes dias, mas que temeu a possibilidade dos indígenas fazem algum ato para prejudicar a cidade. “A gente ficou preocupado e com medo porque ouve falar do que eles [indígenas] fazem em outras cidades. Mas não teve nenhum problema está tudo tranquilo”, diz.
Sobre a presença do Exército, Odete diz que já viu alguns carros, mas que não notou nada de diferente.
Dono de uma farmácia, Jester Vieira, diz que após o conflito “teve um dia que um ‘bafafá’” sobre invasão da cidade e que os comerciantes chegaram a fechar as portas por algum tempo, mas como nada se confirmou, voltaram a atender normalmente os clientes, tanto indígenas como fazendeiros. “Eles [indígena] tinham medo da gente não atendê-los, mas aqui [na cidade] está tudo normal. Só lá pela fazenda que a gente ouve falar que pode estar complicado”, diz.
Luciane Marques, que trabalha em uma autoescola, também confirma que não há problemas na cidade. “A gente fica apreensiva de que ocorra uma invasão. Aqui [na autoescola] não tem muita segurança. Mas até agora não aconteceu nada e está tudo tranquilo”.
O CMO (Comando Militar do Oeste) que está na cidade com a Operação Dourados, informou durante esta manhã que não há informações novas e que nenhum incidente foi registrado.
Conflito
O conflito entre índios e produtores rurais chegou ao ponto máximo com a morte do indígena Semião Fernandes Vilhalva, de 24 anos, durante confronto com fazendeiros, no sábado (29).
Na quarta-feira (2), o ministro da Justiça José Cardozo esteve em Campo Grande em reunião com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), produtores rurais e líderes indígenas. Foi estabelecido que cinco áreas serão escolhidas para iniciar o processo de diálogo para dar fim ao impasse que se estende por décadas. Para isso, assim como foi na Buriti, será montada uma comissão para julgar essa demarcação com o governo federal, o assessor do ministro da Justiça, Flávio Chiarelli, e o presidente da Funai, João Pedro e representantes estaduais.
Ocupação
As ocupações na terra indígena começaram na madrugada do dia 22 de agosto, quando um grupo entrou na Fazenda Primavera. Desde então, o clima de insegurança se instalou na cidade, com indígenas acusando produtores rurais de espalharem boatos, para causar pânico e ruralistas afirmando que os índios não têm o direito de ocupar as propriedades rurais.
Os indígenas ergueram acampamentos em cinco propriedades: Primavera, Pedro, Fronteira, Barra e Soberania. Restam apenas duas fazendas para serem retomadas.
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