Serviço foi suspenso no dia 10 de setembro pelo prazo de 90 dias 

“São tantos buracos que é difícil dizer onde tem mais, ou qual rua é pior”, responde o motoboy Sábio Pereira, de 26 anos, ao ser questionado sobre as condições do asfalto em . O rapaz estava passando pela Avenida João Arinos, no Bairro Chácara Cachoeira, onde os condutores precisam redobrar a atenção, visto a quantidade de buracos na pista, que ficam no cruzamento com Rua Porto Nacional.

No mesmo trecho, uma motorista, que preferiu não se identificar, contou que já testemunhou alguns acidentes, causados pelos defeitos na via. “Eu já vi motociclistas caírem, roda de carro estourar. Está bastante complicado passar por aqui. Se você não prestar muita atenção e conhecer a pista, a chance de se machucar ou estragar seu carro é muito grande”, explica a moça.

Na Avenida Eduardo Elias Zahran com a Rua Santana, uma cratera se formou junto ao meio fio, colocando em risco a segurança dos condutores que seguem pela pista da direita, no sentido shopping-Avenida Costa e Silva. “Frequentemente veículos, de pequeno e grande porte, têm as rodas danificadas nesse buraco. Esses dias um ônibus caiu aí. Eu acho que o motorista não viu a tempo de frear, porque como as pistas são estreitas não dá para desviar, senão você corre o risco de jogar o carro em cima de outro veículo. Parece que machucou um passageiro com o impacto. O motorista precisou descer para prestar atendimento”, conta o mototaxista Roberto Lopes Rezende, de 28 anos, que já trabalha nas ruas de Campo Grande há mais de dez anos e acrescenta que “nunca viu a cidade tão abandonada”.

Na Avenida Bandeirantes com a Rua 26 de Agosto, três buracos já estão virando assunto entre comerciantes e clientes. “Já tem mais de mês que essas crateras estão aí, e quem chega já vai logo comentando do perigo que elas representam para o trânsito”, diz Celina Nunes, de 29 anos, funcionária de uma conveniência que fica no cruzamento das vias.

A moça acrescentou que ainda não testemunhou nenhum acidente no local, pelo menos durante o dia, que é o horário em que trabalha, mas explicou que os buracos atrapalham a fluência do trânsito, fazendo com que o movimento fique mais lento no trecho. “Fica tudo parado, daí o povo já começa a buzinar. E pior que com a chuva que deu, os buracos ficaram ainda maiores”, concluiu Celina.

O mototaxista Roberto também citou as chuvas como um agravante para a situação, e perguntou à reportagem, como vai ficar a cidade daqui a duas ou três chuvas, sendo que o serviço de tapa buraco está suspenso, pelo menos até o o final do ano.

Ainda na Avenida Bandeirantes, como na Zahran e na Rua Jeriba, na Chácara Cachoeira, o problema não se resume apenas aos buracos. Na verdade, na maior parte dos trechos o que incomoda mesmo são os remendos mal feitos, que transformam o trajeto dos condutores num rali em plena cidade.

Sobre o , assim como recapeamento das vias, vale lembrar que os serviços foram suspensos no dia 10 de setembro, pelo prazo de 90 dias, junto com os  pagamentos a fornecedores ou prestadores de serviços, considerados não essenciais pelo Alcides Bernal.