Com risco de queda, árvores são retiradas da área central

Comerciantes são a favor da remoção

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Comerciantes são a favor da remoção

Campo Grande é conhecida como uma das cidades mais verdes do país. A população se orgulha de viver na capital mais arborizada, no entanto, está preocupada com a condição em que se encontram algumas árvores. Com objetivo de minimizar esses riscos de acidentes, a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) está fazendo a poda e a retirada de árvores que comprometem a estrutura das calçadas e do trânsito na cidade.

O mutirão da DFAP (Divisão de Fiscalização de Áreas Verdes e Posturas Ambientais) da Semadur, que iniciou as atividades na área central, começou no dia 19 de agosto na Rua Marechal Cândido Mariano Rondon. “Os trabalhos começaram na área central porque é onde tem maior concentração de pessoas e carros”, explicou a chefe de divisão, Maria Luiza Rolim.

Segundo ela, o serviço é demorado. O trabalho precisa da Energisa, por causa da rede elétrica, e da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), para sinalizar o trânsito.  “Foram duas semanas para atender o início da rua Cândido Mariano”, ressaltou ela.

De acordo com Maria Luiza, o mutirão foi parado nos últimos dias devido às chuvas. “Com as tempestades, o serviço teve que ser paralisado”, explicou. Os últimos temporais vistos em Campo Grande derrubam árvores, atrapalharam o trânsito e preocuparam populares. 

Ademir Barbosa, 53 anos, tem um comércio na rua atendida e disse que viu o mutirão fazendo a poda e a retirada de algumas árvores da rua. Ele afirmou que é a favor da retirada das árvores que estão podres. “As árvores são bonitas, é vida, mas também não podemos esquecer do desastre que causa quando vem temporais”, afirmou.

Mário Nakano, de 51 anos  também é comerciante na região e compartilha da opinião de Ademir. Ele viu a árvore, que fica em frente ao seu estabelecimento ser arrancada e diz que é o correto. “Ela estava condenada, tem que arrancar mesmo. Uma árvore dessas pode cair em carro, casa e até em pedestre”, lembrou.

Segundo a chefe da divisão de fiscalização da Semadur, somente na Rua Marechal Rondon serão 15 árvores para serem removidas durante o mutirão, paralisado devido ao atendimento de emergência.  No total, segundo o levantamento e cadastramento realizado pela DFAP, são 124 árvores que oferecem risco à população, ou seja, que serão removidas integralmente.

Maria Luiza explicou ainda que após a retirada, mudas serão plantadas no local. “Biólogas estão estudando a melhor espécie que se adéqua ao local para, então, ocorrer o plantio. A cada árvore retirada, será plantada uma nova, pode não ser no mesmo lugar, caso este seja desfavorável. Será feito o plantio de uma árvore melhor indicada para arborização urbana, de baixo porte, que não atrapalhe o trânsito”, detalhou Maria Luiza.

No último Censo sobre características urbanísticas do entorno dos domicílios feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Campo Grande ficou em primeiro lugar no país de capital mais arborizada. O índice foi de 0,96, ou seja, a cada 100 residências 96 são arborizadas. 

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