Com obras paradas, escola é ‘esquecida’ pela Prefeitura e revolta moradores

Escola no Paulo Coelho Machado começou a se construída em 2013

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Escola no Paulo Coelho Machado começou a se construída em 2013

Com obras paradas desde novembro, escola em construção na Rua José Pedrossian, no Paulo Coelho Machado, parece ter sido esquecida pela Prefeitura de Campo Grande. Com espaço que ocupa um quarteirão, a obra está abandonada.

“Em novembro fecharam a entrada e pararam de vez”, conta a porteira Luciana Leão, de 40 anos, que mora no condomínio da Homex em frente da escola, que na teoria seria construída para atender os moradores do imóvel. Na teoria. Pois nem eles mais acreditam.

“Já faz três anos que está atrasada. Quando entregaram o condomínio falaram que ia ter uma escola municipal e ficamos todos animados. Agora temos que pagar babá, levar os filhos em escolas de outro bairro”, reclama a costureira Ana Paula, de 40 anos.

O abandono é evidente. A calçada está acompanhada de mato alto por toda a grande quadra onde a escola está sendo construída. O muro todo está pichado. Placa da obra, que promete escola com 12 salas de aula e quadra coberta, foi derrubada pela chuva e assim permaneceu. 

Luciana relata que a obra abandonada tem dado dor de cabeça aos moradores do condomínio. “Ratazana, escorpião, aranha”, enumera. “Fora a dengue. Falam tanto de dengue e lá dentro tem uma caixa d´água enterrada que com certeza está cheia de larva do mosquito”, garante.

Outra preocupação de quem vive na região é a cerca elétrica, que segundo conhecimento de todos, não está funcionando há meses. “A escola está parada, completamente abandonada. Esta cerca não funciona e as crianças pulam lá para pegar pipa. Está cheio de buraco, se alguém cair lá ninguém vai saber. Está perigoso”, ressalta.

A cerca elétrica que não dá choque também deixa os moradores ressabiados por não proteger a área da escola. “De noite vira esconderijo de ladrão, ponto de usuários de drogas”, revela a porteira.

Endyou Arnulf de Queiroz, de 25 anos, supervisor de monitoramento de alarmes, conta que os populares estão indignados com a situação. “Vários animais peçonhentos já apareceram nas casas e apartamentos próximos da escola, fora os outros riscos. Estamos todos indignados, as autoridades municipais não fazem nada”.

Outro lado

Indagada, a Prefeitura de Campo Grande limitou-se a dizer que equipe da Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação) esteve no local na semana passada para fazer levantamento do que falta para terminar a obra e calcular os custos para retomar a obra.

O Jornal Midiamax perguntou o valor da obra, mas até o momento a Prefeitura não respondeu.

 

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Marinete Pinheiro
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