Com fiscais do Mapa em greve, 7 toneladas de produtos estão paradas em caminhões

Greve começou no dia 17 de setembro

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Greve começou no dia 17 de setembro

A greve dos fiscais do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) completa 13 dias nesta terça-feira (29) e não há previsão para acabar. De acordo com a delegacia sindical de Mato Grosso do Sul, até agora, já são contabilizadas 7 toneladas de produtos parados em caminhões. Todas as viagens, processos, auditorias e demandas internas estão paralisadas. 
 
Segundo o delegado do Sindicato dos Fiscais Federais Agropecuários de Mato Grosso do Sul André Castriani Quirino a greve continua em Mato Grosso do Sul e o MPOG (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão) ainda não definiu uma data para reunião com a categoria. “Sem uma reunião não tem como terminar a greve”. 

Em Mato Grosso do Sul são 105 fiscais e 86% estão parados. Nos frigoríficos os fiscais trabalham normalmente, autorizando o abate e realizando a inspeção, apenas o certificado sanitário internacional não é emitido. Animais vivos e cargas altamente perecíveis também são liberados. 

A pauta reivindicatória dos fiscais inclui a reestruturação da carreira, com mudança de sua denominação para auditor fiscal Federal Agropecuário, recomposição do quadro de pessoal via concurso público e a reposição salarial em virtude das perdas inflacionárias.

Desde o início da mobilização, o comando de greve local contabiliza 243 caminhões que estão parados ou tiveram seu trânsito normal comprometido para exportação ou importação de produtos agropecuários, totalizando 4.400 toneladas de produtos vegetais e 3.150 toneladas de produtos de origem animal, principalmente carnes. Algumas empresas, como a JBS, já conseguiram mandados de segurança para forçar a liberação das cargas para exportação, mesmo com a greve dos servidores. 

Também são contabilizados 277 processos de liberação para exportação de carnes ou sementes estão com suas análises suspensas. O transporte de carga viva continua com a tramitação normal para liberação pelos fiscais e os serviços essenciais à garantia da saúde pública e da sanidade animal e vegetal estão mantidos.

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