Nesta sexta, 9 cirurgias serão suspensas
Com aproximadamente 300 médicos em greve, a Santa Casa de Campo Grande deixou de realizar 15 cirurgias eletivas no primeiro dia de paralisação. O diretor da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande) Wilson Teslenco afirmou em entrevista coletiva nesta sexta-feira (23), não há avanços na negociação com a Prefeitura, e o hospital segue com dificuldades para pagar médicos e fornecedores.
No primeiro dia de paralisação dos médicos, deixaram de ser realizados 64 atendimentos ambulatoriais, além das cirurgias eletiva. Nesta sexta, mais 200 atendimentos ambulatoriais não devem ser feitos e nove cirurgias eletivas foram canceladas.
Conforme Teslenco, a Santa Casa deve R$ 1,7 milhão a profissionais autônomos, R$ 1,7 milhão aos jurídicos e R$ 4,7 a fornecedores. Dos médicos, apenas os 250 celetistas estão com o pagamento em dia. Os 290 profissionais autônomos e 100 jurídicos não receberam salários.
Conforme a Santa Casa, a dívida da Prefeitura com o hospital é de R$ 13,4 milhões. Caso a contratualização do hospital seja firmada com o município, o hospital receberia aproximadamente R$ 20,2 milhões mensais. Deste total, R$ 7,2 milhões são referentes aos últimos 90 dias. O diretor esclareceu que a Prefeitura fez os repasses em outubro, mas que a dívida se refere aos meses anteriores.
Conforme Teslenco, ainda não há falta de material no hospital, pois os fornecedores foram pagos parcialmente. “Não está faltando materiais, mas há dívida com os fornecedores e alguns não oferecem mais por conta de atraso”, diz. Por conta disso, Teslenco diz que o hospital teve que buscar outros fornecedores, o que gerou um aumento de 30 a 40% nos valores.
