Cinco meses antes do Carnaval, vizinhos já reclamam de barulho em escola de samba

Som alto até tarde da noite incomoda moradores da região

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Som alto até tarde da noite incomoda moradores da região

Moradores do Condomínio Vale do Sol II, localizado na Rua 14 de Julho em Campo Grande, voltaram a reclamar da Escola de Samba Igrejinha, localizada no prolongamento da Avenida Ernesto Geisel. A cinco meses do Carnaval de 2016, os vizinhos já se incomodam com o barulho vindos do local.

As reclamações são antigas. Em fevereiro deste ano, os moradores fizeram um abaixo-assinado pedindo que o Executivo Municipal colocasse um fim aos ensaios. Segundo o Idael Crispim da Fonseca, de 54 anos, na ocasião, o documento foi entregue ao ex-prefeito Gilmar Olarte (PP), no entanto, as providências não foram adotadas.

“Recebo várias reclamações dos moradores, mas não posso fazer muito. Já encaminhamos um abaixo-assinado para a Prefeitura e não resolveu. Como mudou o gestor vou tentar outro diálogo antes de denunciar ao Ministério Público Estadual. Tenho sido pressionado para resolver”, declara.

O síndico afirma que na noite dessa terça-feira (15), houve ensaio até tarde da noite. “Não sei bem o horário que terminou, mas o barulho tem incomodado muito. Já que é um espaço público poderia ser utilizado para outros fins porque está sendo usado para incomodar os moradores. Quando não estão fazendo festa, estão ensaiando. Ontem o barulho estava muito alto”, afirma. Uma moradora identificada apenas como Marivani, de 47 anos, garante que ontem o ensaio terminou por volta da meia-noite.

“Desde que a escola mudou para perto é o mesmo problema. O pagodinho não incomoda, mas os ensaios sim. Terminaram meia-noite. Sábado eles também fazem o ensaio e depois um pagadinho que não incomoda, no domingo também ensaiam. É um bairro residencial. Já fizemos reclamação e faremos uma denúncia no Ministério Público Estadual porque o barulho é muito alto. É como se a escola estivesse dentro de casa. Tenho um filha de 10 anos e ninguém consegue dormir com o barulho”, relata.

A presidente da Igrejinha, Mariza Fontoura Ocampos, de 51 anos, explica que os ensaios começam em outubro, no entanto, confirma que houve barulhos provocados por pessoas que se aglomeram no estacionamento da escola de samba. “Realmente houve barulho ontem, mas não envolve ninguém da escola. Desde o Carnaval não houve nenhum tipo de problema com a gente. Teve barulho de som no estacionamento, mas não podemos fazer nada porque não podemos proibir as pessoas de ficarem ali”, defende.

Mariza frisa ainda que já chegou a denunciar a situação para a polícia. “Esses tempos atrás fechei a escola e ficou concentrado um pessoal com carro e som alto. Liguei para a polícia avisando sobre essa situação e acharam até chamaram que eu estava reclamando contra a Igrejinha. Expliquei que se tratava de pessoas que ficam ali com sol alto no estacionamento da escola”, pontua.

Membro do Conselho fiscal da Escola de Samba Igrejinha, Paulo Freire, de 55 anos, diz que chegou aos vereadores de Campo Grande que fossem medidos os decibéis dentro das casas das pessoas que reclamam das atividades na escola de samba, no entanto, o pedido não foi acatado.

Conteúdos relacionados