Local de tremor na sexta-feira fica a 1,2 mil quilômetros de

O Centro de Sismologia da USP (Universidade de São Paulo), que tem quatro estações em Mato Grosso do Sul, não registrou o suposto tremor ocorrido na tarde de sexta-feira (19) em Campo Grande. O Exército, por sua vez, desconhece a ocorrência de grande estrondo ou explosão na cidade.

Moradores de várias regiões da Capital relataram ter ouvido forte barulho de explosão seguido de tremor, ao passo que outros relatos dão conta de janela estremecendo até na região central da cidade. A informação espalhou-se rapidamente por redes sociais como o WhatsApp.

Relatos partiram de pessoas que se identificaram como moradoras da região sul da cidade, por exemplo, e de bairros a sudoeste e oeste. Populares do São Conrado afirmaram ainda que chegaram a sair de casa depois de sentir tremor.

Um homem, que preferiu não se identificar, mencionou que a explosão pode ter ocorrido em uma pedreira localizada na região do Indubrasil. Um morador de Terenos, 30 quilômetros a oeste da Capital, também disse que frequentemente escuta várias explosões das pedreiras próximas.

Consultada sobre o assunto neste sábado (20), a assessoria de comunicação do CMO (Comando Militar do Oeste) informou não ter registros relacionados aos relatos recentes de moradores da Capital. O Exército é responsável pela autorização e fiscalização do uso de dinamites, inclusive em pedreiras.

Dados disponibilizados pelo Centro de Sismologia da USP revelam que o último tremor registrado no Brasil foi às 16h58 de sexta-feira, em Conqusita D'Oeste, município de Mato Grosso, distante 1,2 mil quilômetros de Campo Grande. O abalo na região foi de magnitude 2.7 na chamada Escala Regional Brasileira (mR).

O Centro de Sismologia da USP informa que tem estações em Aquidauana, Camapuã, Chapadão do Sul, Porto Murtinho e Sonora. De acordo com o boletim sísmico dos últimos três meses, o tremor mais forte registrado no Brasil, foi no dia 7 de maio em Porto Walter (AC) e atingiu 4.7 mR de intensidade.

Em Mato Grosso do Sul, os relatos mais recentes sobre abalos sísmicos remetem a 2009. Naquele ano, tremores de 4,8 de magnitude na escala Richter foram sentidos na região norte do Estado, em municípios como Coxim e Rio Verde.

O abalo sísmico com maior magnitude já registrado no Brasil foi de 6.6 e ocorreu em 1955, em Mato Grosso. A título de comparação, o terremoto no Nepal, em abril deste ano, no qual ao menos 8 mil pessoas morreram, além de 17,8 mil feridos, foi de 7,8 de magnitude na escala Richter.