Catadores entram em mutirão após ficarem sem recicláveis para trabalhar

Paralisação da coleta afeta cadeia produtiva do lixo

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Paralisação da coleta afeta cadeia produtiva do lixo

Voluntários do mutirão do lixo, que começou na manhã deste sábado (12), dizem que decidiram participar com força de trabalho ou emprestando caminhões à Prefeitura após ficarem quatro dias sem trabalhar. Eles dizem que ficaram no prejuízo, já que são autônomos e dependem da coleta para terem matéria-prima.

Antônia Aparecida Guimarães, de 46 anos, que compra materiais recicláveis, colocou um caminhão caçamba a disposição. Ela diz que estava precisando de materiais, mas que não havia como comprar, já que os catadores estavam parados.

A catadora Rudneia Soares, de 30 anos, confirmou que não estava trabalhando e já estava encontrando dificuldades por isso. “Nós vamos ajudá-los para poder nos ajudar. Porque não dá pra ficar assim”, diz.

A catadora Eliane Souza reclama que a Solurb está fazendo os trabalhadores de fanchote. “Estamos a quatro dias sem trabalhar, sem material. Já estamos ficando sem dinheiro para o leite dos filhos”, diz.

Mutirão

O mutirão começou por volta da 7h30 deste sábado. Aproximadamente 500 pessoas participam, sendo catadores voluntários e beneficiários do Proinc (Programa de Inclusão Profissional), que recebem pelo Governo Federal.

A coleta começou pelas áreas centrais de Campo Grande e de acordo com o prefeito Alcides Bernal, vai  atingir todos os bairros.

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