Campo Grande adere a campanha nacional contra violência doméstica

Crianças serão principal alvo das ações

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Crianças serão principal alvo das ações

A Prefeitura de Campo Grande passou a defender oficialmente a campanha “Quem Ama Abraça – Fazendo Escola”, nesta quinta-feira (20). O objetivo é, além de combater e inibir a violência contra mulher, também ensinar a criança e adolescente que convive com esta situação a enfrentar o problema de alguma forma que não o conduza ao mesmo caminho.

Segundo a secretaria Municipal de Políticas Para as Mulheres (Semmu), Liz Derzi de Matos, Campo Grande já é considerada referência no país como a capital do enfrentamento a violência contra mulher e isso precisa ser ampliado também para as crianças, que acabam sendo a parte mais vulnerável em brigas domésticas.

“Nós somos considerados no Brasil a cidade referência no enfrentamento a violência. Temos a Casa da Mulher Brasileira, primeira do Brasil, as campanhas educativas, como o “Abuso não respeito sim”, no transporte coletivo. No final do mês lançaremos o botão do pânico. Então todo aquele trabalho de enfrentamento a violência nós temos feito e a campanha será mais uma, porque as crianças são os nosso futuro. Nós vamos plantar a sementinha da não violência nelas, para quebrar os paradigmas do racismo, do preconceito, do machismo e da violência contra a mulher, fazendo um trabalho de cidadania com as nossas crianças”.

A campanha é promovida pela Semmu, com apoio da Semed (Secretaria Municipal de Educação), SAS (Secretaria Municipal de Ação Social) e da Redeh (Rede de Desenvolvimento Humano). Os trabalhos têm início a partir de setembro, com a capacitação dos servidores por meio dos materiais didáticos a serem apresentados ao público alvo.

Na oportunidade também foi lançado o projeto “Ciclo de Alfabetização e Letramento para Empoderamento de Mulheres”, que tem como proposta reduzir cada vez mais a desigualdade entre gêneros através da alfabetização de mulheres em situação de vulnerabilidade. A alfabetização se dará através de aulas de cidadania.

Flávia Pieretti, que representou a coordenação da campanha, explicou que o projeto vai utilizar recursos que “falam” a língua do público alvo. “Trazemos materiais diferenciados, como gibis, clipes musicais, informações, jogos e atividades lúdicas que permitirão meninos e meninas interagir de modo a compreender melhor o mundo que os cerca. Todos juntos, abraçados”, detalha.

O atendimento abrange usuários da Reme (Rede Municipal de Ensino) e de entidades assistencialistas como Cras (Centro de Referência e Assistência Social), Creas (Centro de Referência Especial de Assistência Social), Casas de Acolhimento, Medidas Sócio-Educativas, Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), entre outras.

Janete Beline, secretaria da SAS, explica que apenas na sua pasta, mais de 4 mil crianças e adolescentes são atendidos socialmente. “Na proteção básica nós temos mais de 4 mil crianças, jovens e adolescentes que devem ser preparados para enfrentar a situação a que são expostos e também para conseguirmos fazer novas descobertas, afim de realmente diminuir estes altos índices de violência”.

O secretário da Semad, Marcelo Monteiro, também destacou que nenhuma criança deve ficar fora do projeto. “Esse projeto tem que alcançar todas as nossas crianças, os nossos professores, toda a unidade escolar. Porque não tem sentido você criar um projeto que não comece la na base. Então todas as escolas serão evolvidas, todas as ceifs (Centro de Educação Infantil) serão envolvidas. Vamos criar um cronograma de ação para que nenhuma criança fique de fora”.

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