Depois de receber um alerta da cachorra, a mãe levou o filho para dentro de casa

Uma cachorrinha vira-latas, cujo nome é Belinha, salvou a vida de uma criança de 2 anos no Bairro São Conrado em , na última semana. Segundo a família do pequeno Renan, a cadela impediu que o bebê chegasse perto de uma cobra da espécie urutu, considerada bastante peçonhenta. Um ditado popular se referia à serpente: ‘se não mata aleija'.

De acordo com a mãe de Renan, a auxiliar de limpeza Patrícia dos Santos, de 29 anos, a cadela sabia do perigo e ficava em alerta, impedindo que a mãe e o bebê fossem em direção ao gramado, onde estava escondida a serpente. Na mesma direção havia os brinquedos do garoto.

“Quando cheguei em minha casa, a Belinha estava muito estranha. Ela ficava o tempo todo em alerta, latindo para que nós não fôssemos em direção à cobra. Eu percebi de cara que tinha algo errado e entrei pra dentro da casa”, relata.

Depois disso, o marido de Patrícia chegou e disse para a mulher não se preocupar pois deveria ser apenas uma barata que estava incomodando a cadela. “Em seguida eu saí de casa e vi minha cachorrinha toda ensanguentada e roxa. Fiquei desesperada e a levamos para uma clínica veterinária”, conta.

Enquanto a cachorra era encaminhada, o irmão e o marido de Patrícia fizeram uma busca no gramado e encontraram a cobra enrolada, pronta para dar outro bote. A dupla, então, matou a cobra a fim de saber qual era a espécie e a levou para o veterinário.

Por fim, Patrícia diz que a cadela é muito inteligente, por isso desconfiou de que havia perigo no local. “Quando ela fica doente, vem toda carente. Eu conheço o jeito dela. Meu filho está sentindo a falta dela, pois sempre pergunta da Belinha”, diz.

Estado de saúde de Belinha

A equipe de reportagem telefonou para a clínica veterinária, onde está internada a cadela, e constatou que a heroína está melhorando. Ela segue internada, mas já está se alimentando, de acordo com os veterinários da clínica.

Características da cobra

A urutu é uma cobra que chega a medir 1,20 metro. Sua picada destrói o tecido muscular e sua alimentação se baseia em pequenos roedores. Ela é encontrada no Sudeste, Centro-Oeste e Sul do Brasil.