Bombeiros suspeitam que acidente em laticínio ocorreu durante manutenção

Funcionários foram levados ao Pronto Socorro com sintomas de intoxicação

O vazamento de gás amônia, que ocorreu na manhã desta quinta-feira (10) e deixou 53 funcionários com sintomas de intoxicação, pode ter ocorrido durante manutenção no Laticínio Vale do Rio Pardo, em Bataguassu, cidade a 335 quilômetros de Campo Grande.

De acordo com o sargento Mazaro do Corpo de Bombeiros da cidade, por volta das 9h45 a viatura foi acionada para atender os funcionários que estavam com mal-estar. “Eles estavam passando mal, com garganta seca e dor de cabeça. Nós fizemos a triagem, levamos os pacientes mais críticos ao Pronto Socorro da Santa Casa com ajuda da ambulância da Prefeitura.

O sargento disse ainda que “os próprios funcionários controlaram o vazamento, que parece que foi devido a um vazamento em cano durante a manutenção”. Segundo eles, a área foi evacuada, foi feita a varredura com um técnico de segurança do trabalho da empresa e liberado o local.

A empresa, conforme disse o sargento, fechou as portas depois do ocorrido, e deve voltar a operar amanhã (11). Até o fechamento desta matéria, a equipe de reportagem do Jornal Midiamax não conseguiu contato com o laticínio.

O gás amônia ou amoniáco é usado na indústria química e tem aplicações domésticas e industriais, principalmente nos processos de resfriamento de câmaras frigoríficas e ar condicionado industrial. É considerada um produto químico perigoso, corrosivo para a pele, olhos, vias aéreas superiores e pulmões. O gás é irritante quando inalado, pode causar tosse, chiado no peito, falta de ar, e até queimar as vias aéreas.

Outros casos

Nos últimos anos, outros vazamentos de gás já deixaram vários feridos em Mato Grosso do Sul. Na manhã do dia 30 de agosto, três trabalhadores morreram e dois ficaram feridos enquanto faziam a limpeza de uma caldeira depois de vazamento de gás em curtume de Campo Grande.

No dia 23 de janeiro de 2013, um vazamento de amônia causou intoxicação em funcionários do Frigorífico JBS, localizado na MS-276, na saída para Ivinhema, em Nova Andradina.

Em janeiro de 2012, o vazamento de um produto químico fez cinco vítimas fatais, também em Bataguassu, e deixou outras 30 pessoas intoxicadas no curtume do Frigorífico Marfrig. Cerca de um mês depois, em fevereiro, foi registrado vazamento de cloro, desta vez na Empresa de Sanesul (Saneamento de Mato Grosso do Sul), também em Bataguassu, e ninguém ficou ferido.