Ato em apoio aos Guarani-Kaiowá reúne cerca de 20 movimentos
Manifestantes pediam fim da impunidade e violência contra indígenas em MS
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Manifestantes pediam fim da impunidade e violência contra indígenas em MS
Cerca de 20 movimentos sociais se reúniram em manifestação pacífica no Ato de Apoio aos Guarani-Kaiowá, que aconteceu na tarde desta quinta-feira (3) em Campo Grande. O grupo se reúniu na Praça das Águas, em frente ao Shopping Campo Grande, e seguiu percurso até a Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de MS). O ato pedia a demarcação das terras e o fim da violência contra os indígenas no Estado.
O evento foi resposta a falta de punição na morte de indígenas, como a de Semião Fernandes Vilhalva no último conflito entre fazendeiros e indígenas em Antônio João, cidade distante 333 km da Capital Campo Grande. Segundo familiares do índio, ele bebia água no momento em que foi atingido por um tiro de revólver calibre 22.
O ato começou com uma peça do Grupo Teatro Imaginario Maracangalha sobre a morte do indígena Marça de Souza, ocorrida em 1983 durante confronto na aldeia Campestre, também em Antonio João. Os manifestantes seguiram para a Famasul, onde foram acendidas velas e colocadas cruzes no chão em forma de protesto. Durante a passeata com carro de som, os manifestantes carregaram cartazes a favor da demarcação de terras indígenas e um caixão simbolizando a morte em confronto, segundo ele, de cerca de 300 indígenas.
De acordo com a acadêmica de Veterinária da UFMS, filiada ao movimento Juventude do PSOL, Stefani Santana, 24 anos, muitos partidos estavam na evento, PSTU, PCB, PT, RECC, CUT, MST, Cimi e DCE- UFMS e DCE-UCDB. Ela afirmou que a Famasul e muitos parlamentares do Estado incitam o conflito. “O agronegócio é assassino”, explicou ela, “por isso a escolha pelo ato em frente a Famasul”.
O mestrando em Antropologia da UFGD, Alessando da Silva Carvalho, 26 anos, soube da manisfestação por redes sociais na Internet e entende que o impassa entre fazendeiros e indígenas só continua porque o Estado incentiva.
De acordo com Stefani, havia cerca de 200 pessoas na manifestação. Para o tenente Mônaco, da Polícia Militar de Campo Grande, que seguia o grupo pelo percurso, haviam cerca de 100 pesssoas.
* Informações atualizadas as 21h50.
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