Cidade recebeu prazo de 3 meses para mudar de postura
Depois de ser condenada pela Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul, por sacrificar animais indiscriminadamente, a prefeitura de Três Lagoas anunciou que o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) da cidade vai passar por um reestruturação, e a partir do ano que vem, a implantação do Programa de Controle Reprodutivo de cães e gatos, determinada pela Justiça, já deve estar funcionando.
Segundo o coordenador do Centro, Christóvão Tabox Bazan, a ação será colocada em prática assim que a reforma do Centro Cirúrgico da unidade estiver concluída. Ele também destacou que o prédio está sendo ampliado para futuramente, atender aos setores de Entomologia e Epidemiologia. As obras tiveram início no mês de agosto com cronograma de execução de oito meses.
O CCZ também vai implantar a Campanha de Adoção Responsável de animais, com palestras e panfletagens sobre a importância da adoção e cuidado responsável de cães e gatos. O coordenador reforça que a unidade não está mais aceitando a eutanásia de animais sadios e a orientação que a unidade tem feito à população, caso o animal esteja doente, que o responsável procure o veterinário de sua confiança para estudar a melhor medida a ser tomada.
A nova postura do CCZ em relação aos animais foi motivada por uma determinação da Justiça, e segundo o vereador Beto Araújo (PSD), presidente da ONG AMEMAIS e denunciante na ação, pela mudança de diretoria. “O antigo coordenador ficou quase dez anos a frente do centro, e durante este período, matou mais de 38.217 animais, destes a maioria sem nenhum tipo de orientação”, explicou.
A sentença, proferida pela juíza Aline Beatriz de Oliveira Lacerda, da Vara de Fazenda Pública e Registros Públicos do Município, é primeira nesse sentido do país, e dá a cidade, o prazo de 3 meses para que sejam implantados serviços de controle reprodutivo, além da extinção total de qualquer prática de eutanásia em animais saudáveis.
