Antigo: moradores reclamam há cinco anos e usam lixo para tapar buraco na Vila Palmira

Há pelo menos cinco anos um buraco localizado no cruzamento das ruas Flamengo com a Américo Brasiliense tem tirado o sono de muita gente que mora ou precisa transitar pela região. Hoje, o buraco tem o tamanho aproximado de 1,5 metro por 1 metro, de comprimento e de largura, sendo um pouco mais de 40 […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Há pelo menos cinco anos um buraco localizado no cruzamento das ruas Flamengo com a Américo Brasiliense tem tirado o sono de muita gente que mora ou precisa transitar pela região. Hoje, o buraco tem o tamanho aproximado de 1,5 metro por 1 metro, de comprimento e de largura, sendo um pouco mais de 40 centímetros de profundidade.

Ciclistas, pedestre e condutores de carros, ônibus e motos já foram vítimas do buraco. Apesar da Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação) tampar o local ao longo deste período, os residentes da região dizem que o problema é recorrente.

“Não sei se o asfalto que eles colocam ali é porcaria, se o problema é trânsito intenso de veículos ali em cima ou se tem algum vazamento ali embaixo e eles ocultam, mas não adianta nada, o buraco volta e é a gente que sofre”, afirma a dona de casa Luzia Carmo, de 42 anos, que mora na região há dez anos.

Por conta do buraco é impossível passar mais de um carro pelo local. “Aqui temos que contar com o bom senso dos motoristas em esperar o veículo que segue no sentido contrário, pois não há como trafegar em uma das faixas das pistas, da Flamengo assim como da Américo”, frisa o Joelson André Campos Alves, de 42 anos, que trabalho em uma montadora de toldos que fica na região.

Perigo iminente

A maior preocupação é de que o buraco possa causar um acidente fatal. “Acho que é isso que a Prefeitura está esperando, que alguém morra para eles consertarem de vez este buraco”, completa Joelson disse que trabalha na região há um ano e já viu o trabalho do tapa-buraco funcionar apenas uma vez durante o período de um mês. “Passou 30 dias, o buraco surge de novo e em três meses toma novamente esta proporção”.

Mesma opinião do colega de trabalho. “Aqui perto tem uma escola e em horário de pico fica complicado. Tanto para pedestres quanto para os carros passarem. Já vi várias situações que por pouco que aconteceu nada grave”, afirma Antônio Bezerra da Silva, de 48 anos, que também trabalha com toldos.

Outro período de maior risco é em estação de chuvas. “Quem passa por aqui não tem noção do tamanho em que está o buraco e muito menos se tem buraco”, lembra Maria Togui Lopes, de 59 anos, que é dona de um salão de cabeleireiros que fica há alguns metros do local.

A empresária afirma também que muitos condutores que seguem no sentido bairro/Centro, ao desviarem do buraco do cruzamento acabam caindo em outro que fica na frente do salão dela. “É fugir de um, cair no outro, não tem jeito”, fala. Maria diz que por conta dos buracos tem dificuldade de entrar na própria casa. “Este buraco, que é um pouco menor, e que todos acabam caindo após desviar do cruzamento é o pior pra mim, pois não tem jeito pra eu desviar e colocar o carro na garagem”, relata.

Protesto

No local, os moradores já colocaram galhos, pneus e criaram até um boneco para sinalizar aos desavisados que o buraco voltou. Porém nesta semana, a paciência deles se esgotou e os populares colocaram diversos sacos de lixo com a altura de 1 metro. Já no período da noite atearam fogo no lixo e o local chegou a ficar bloqueado por aproximadamente 1 hora.

“Cheguei hoje de manhã e vi o lixo deixado no buraco. Tirei pelo menos quatro sacolas do que sobrou de entulhos queimados”, fala Élcio Matricardi, de 35 anos, que é proprietário de uma borracharia que fica na esquina do cruzamento.

Ele revelou que já consertou vários veículos que caíram no buraco. “Isso é direto, tanto carro quanto moto”, recorda e alerta, “meu maior medo é algum motorista perder o controle do veículo por causa deste buraco e invadir a borracharia. Vivemos em perigo e medo constante”.

Retorno

A equipe do Midiamax entrou em contato com a assessoria da Prefeitura Municipal de Campo Grande há quase duas horas para saber se há alguma medida para avaliar qual é o problema na região, pois o buraco surge há cinco anos e volta sempre após um mês do trabalho do tapa-buraco, permanecendo até quase dez meses aberto. E para acabar definitivamente com o problema dos moradores da Vila Palmira.

Entretanto, a assessoria informou que há uma reunião geral na Seintrha e por conta disso, “não tem como sabermos o que pode ser feito em relação à sua solicitação”.

Conteúdos relacionados

Vacinação criança