Chuvas elevam preço de frutas e produtos da ceia de Natal ficam mais caros em Campo Grande

Os produtos da ceia de Natal subiram 6% em Campo Grande, em relação ao ano passado. A informação é de pesquisa realizada pelo Núcleo de Pesquisas Econômicas (Nepes) da Universidade Anhanguera-Uniderp. O aumento foi causado, principalmente, pela subida de preço das frutas, ocasionado pelo grande número de chuvas no fim do ano. O levantamento foi […]

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Os produtos da ceia de Natal subiram 6% em Campo Grande, em relação ao ano passado. A informação é de pesquisa realizada pelo Núcleo de Pesquisas Econômicas (Nepes) da Universidade Anhanguera-Uniderp. O aumento foi causado, principalmente, pela subida de preço das frutas, ocasionado pelo grande número de chuvas no fim do ano.

O levantamento foi realizado nos principais supermercados de Campo Grande, analisando ampla lista de produtos que podem ser consumidos nas festas de fim de ano. “Este valor é maior que a inflação acumulada nos últimos 12 meses em 2013, de 4,11%”, afirma o coordenador do Nepes, Celso Correia.

Frutas

As frutas mais consumidas durante o Natal subiram em média 14,35%, destacando os aumentos de 67,49% para os pêssegos, 30,33% para as uvas e 20,66% para as ameixas. “Informações do setor produtivo de frutas indicam que a subida de preços foi ocasionada pelo aumento da chuva e pela baixa produção. Já as frutas regionais, como abacaxi e melancia tiveram redução dos seus preços”, comenta Correia.

Os preços das frutas secas tiveram redução de -5,46%. “Esta variação pode ser explicada pela estratégia de antecipação de compra dos supermercados para os produtos importados, procurando driblar a variação do dólar e, para as frutas nacionais, os seus preços são regulados pela sua produção”, analisou o pesquisador José Francisco dos Reis Neto.

Panetones

Os panetones chegaram mais cedo às prateleiras dos supermercados e tiveram uma alta de 4,51%. De acordo com o pesquisador, os fabricantes podem ter aumentado os preços em função da elevação dos custos da farinha de trigo e demais ingredientes e pelo aumento do dólar.

Carnes

As carnes mais utilizadas nas ceias tiveram  aumento médio de 2,71%, provocadas pelos aumentos do bacalhau (13,75%), filé de merluza (11,58%), entre outros. No entanto, houve a redução do presunto Seara (-10,62%), do contrafilé (-10,81%) e do peru Sadia (-9,35%). “É uma boa oportunidade de explorar mais estes produtos para a ceia, pois relativamente os preços não subiram mais que a inflação acumulada no ano”, sugere o pesquisador.

Bebidas

A alta dos preços nas bebidas foi de 7,91%, superior à inflação acumulada no ano, com 37,55% para o champanhe nacional, o uísque em 15,69% e redução no vinho Almadén em -10,18%. As bebidas não alcoólicas tiveram  aumento médio de 12,50%.

Maior variação

O produto com a maior variação foi a farinha de trigo, subindo 61,81%, de uma ano para o outro, seguido do azeite (38,98%), do queijo tipo minas (31,41%) e do macarrão spaghetti (29,11%), entre outros.

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