O presidente do Crea defende que seja realizado um levantamento técnico sobre o rompimento da barragem que deveria ter contido a água e diminuído a sua velocidade.

Em um tour por Campo Grande na tarde desta sexta-feira (27), visitando os principais pontos atingidos pela forte chuva de ontem, o presidente do Crea/MS (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia), Jari Castro, fez algumas análises sobre as obras prejudicadas e um alerta à sociedade. “A capital tem que estar preparada para suportar chuvas, mas a população também tem que contribuir, mantendo a cidade limpa”, pontuou.

A respeito da barragem construída no Parque Sóter, que ontem rompeu com a força da água, Jari diz que é preciso fazer um levantamento técnico para apontar as causas, já que ela foi construída para reter e diminuir a velocidade da água da chuva.

Com o rompimento da barragem, a enxurrada inundou o encontro da Afonso Pena com a Ricardo Brandão e provocou um caos no trânsito. “O efeito foi até pior, porque a chuva acumulou antes da barragem e quando ela rompeu, a água foi com tudo”, explicou o engenheiro civil Jorge Gonda, membro da Comissão de Estudos do Crea.

Jari relembrou o caso da cratera da Ceará e questionou a reincidência dos rompimentos nos asfaltos da Capital. “São vários locais que ocorrem problemas, não são lugares específicos apenas”.

Em entrevista na manhã de hoje, o prefeito Nelsinho Trad explicou que os três fatores juntos foram a causa da inundação, mas que tudo o que ele puder fazer para conter danos futuros já está sendo feito. “Vamos reconstruir tudo, sem precisar de mais dinheiro, porque a obra está dentro do prazo de entrega da empreiteira e eles são os responsáveis. De 30 a 60 dias, tudo estará pronto”, declarou.