Por ter ‘dado a volta’, ou seja, enganado diversas vezes a quadrilha, que atua no Estado e também no Mato Grosso, ela foi condenada à morte em um julgamento interno.

Investigações da polícia, com a prisão dos executores de Darlen Hellen de Souza Serrilho, 38 anos, morta na manhã do dia 17/09, em Campo Grande, apontam que a motivação do crime não foi só a infidelidade com um detento que ela mantinha relacionamento, mas também a sua ligação com o tráfico de drogas.

Por ter ‘dado a volta’, ou seja, enganado diversas vezes a quadrilha, que atua no Estado e também no Mato Grosso, ela foi condenada à morte por meio de um julgamento interno.

“Ainda estamos concluindo as investigações, mas não temos dúvidas de que ela foi julgada após uma série de fatores. Um deles seria o balão financeiro, já que ela geralmente tinha o seu papel quando ocorria uma grande distribuição de drogas, outro a infidelidade, além de participação em outros crimes”, fala ao Midiamax o delegado Márcio Obara, adjunto da Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos, Assaltos a Bancos e Sequestros).

A possibilidade da ligação da quadrilha a facções criminosas, envolvimento em explosões a caixas eletrônicos e mais envolvidos está sendo investigada em conjunto pela Garras e a Deh (Delegacia Especializada de Repressão a Homicídios).

O mandante do crime foi identificado pouco tempo depois. Everton Rodrigues, 28 anos, já cumpria pena por tráfico de drogas no Presídio de Segurança Máxima da Capital e era namorado de Darlen. De um telefone celular, ele diz que pediu a execução da vítima, após desconfiar que ela estaria se encontrando com outros internos.

E na semana passada foi preso Tiago Jorge da Silva Figueiredo, vulgo ‘bussunda’. “Conseguimos provas materiais do delito já que na casa do Tiago encontramos parte do edredon utilizado para amarrar os braços da vítima, bem como foi contatado que eles mantinham contato, inclusive com Everton no dia do crime”, explica o delegado Obara.

Tiago Jorge era evadido do sistema prisional e também utilizava a sua casa, no bairro Jardim Concórdia, como ponto de comércio de drogas. Lá havia diversos papelotes de cocaína. Ele confessou o crime, garantindo que hospedou a vítima em sua casa quando ela chegou à Capital, dizendo ainda que recebeu ordem para matá-la.

Ele contou com a ajuda de José Valdir de Freitas Ferreira, vulgo ‘cassote’, que também era foragido. Todos, incluindo a vítima, tinham diversas passagens policiais. Eles agora serão indiciados peli homicídio qualificado.